HALLIBURTON IRÁ PAGAR US$ 1,1 BILHÃO POR DERRAMAMENTO DE PETRÓLEO NO GOLFO DO MÉXICO

Quatro anos após o vazamento de 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México, a Halliburton chegou a um acordo com as autoridades americanas para pagar indenização de US$ 1,1 bilhão. O pagamento será efetuado em três fases nos próximos dois anos e será gerido por um fundo até que todos os processos relacionados com o caso estejam resolvidos. A empresa era responsável pelo fornecimento de cimento para fechar o poço Macondo, explorado pela BP. Com os US$ 28 bilhões pagos pela BP e o US$ 1,4 bilhão desembolsado pela Transocean, que empregava nove dos onze operários mortos na explosão que provocou a explosão, as empresas envolvidas no acidente já desembolsaram US$ 30,5 bilhões.

Segundo estudos sobre o incidente, se a mistura de cimento aplicada pela Halliburton ao poço fosse forte o suficiente, o derramamento provavelmente não teria ocorrido. Assim, o acordo representa apenas uma pequena fração dos estragos pagos pelas companhias envolvidas no acidente, que contaminou centenas de quilômetros de costa. A disputa judicial, no entanto, continua. Segundo a Lei da Água Limpa, a BP ainda poderá ter que desembolsar US$ 18 bilhões, dependendo de qual seja a interpretação da Corte Distrital dos EUA sobre o volume de óleo derramado e sobre a possível negligência da empresa.

Em uma nota, a Halliburton ponderou que o acordo não é uma admissão de responsabilidade. A companhia sempre alegou que preparou o cimento de acordo com as especificações apresentadas pela BP e que a Transocean não fez os testes necessários sobre o produto. “A Halliburton veio adiante e concordou em oferecer uma medida justa de compensação às pessoas e aos negócios prejudicados pela tragédia da Deepwater Horizon”, disseram em uma nota Stephen Herman (foto) e James Roy, líderes do comitê que representa a empresa. O julgamento para decidir as penalidades está previsto para janeiro de 2015.