HALLIBURTON NEGA PARTICIPAÇÃO NO VAZAMENTO DE FRADE

A diretora de Assuntos Corporativos da Halliburton, Beverly Stafford, negou que a empresa tenha feito o levantamento de dados sísmicos e a perfuração no Campo de Frade, na Bacia de Campos, onde ocorreu o vazamento de petróleo iniciado no dia 7 de novembro, sob a concessão da Chevron.

A empresa americana é uma das maiores companhias do mundo em prestação de serviços para o setor de óleo e gás, e esteve envolvida no acidente do Golfo do México, junto com a Transocean e a British Petroleum, em abril do ano passado, quando cerca de 5 milhões de barris de petróleo foram derramados no oceano.

O acidente ocorreu quando a plataforma Deepwater Horizon explodiu, levando ao maior vazamento de petróleo na história da indústria. A Halliburton foi contratada para cimentar o poço de Macondo, onde foi originada a explosão, mas a empresa não teria feito o serviço corretamente, de acordo com a investigação feita à época pela comissão presidencial americana.

Os resultados da investigação apontaram que a Halliburton sabia semanas antes que a mistura do cimento utilizada não estava de acordo com os padrões do segmento petroleiro. A empresa fez três testes laboratoriais para avaliar a qualidade da mistura, sendo que o primeiro foi enviado à BP em 8 de março de 2010, sem que a companhia britânica desse atenção. O segundo teste, que comprovava a instabilidade do cimento utilizado no poço, foi feito uma semana antes da explosão que causou a morte de 11 trabalhadores, mas este resultado não foi enviado à British Petroleum.

Apesar dos resultados da investigação, a Halliburton continuou afirmando que testou e usou o cimento adequado no poço, aproveitando para acusar a BP de ter errado no desenho do poço e das operações.