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HBR FAZ ENTREGAS IMPORTANTES PARA FPSOS DO BRASIL E DO EXTERIOR E REVELA SEUS PLANOS PARA ESSE MERCADO

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

daniel-cuevaO mercado de navios-plataformas (FPSO) é um grande filão dentro do setor de óleo e gás. Nesses mares repletos de investimentos e oportunidades, a brasileira HBR vai navegando de vento em popa. A empresa fez entregas de sistemas de recuperação de vapor e da unidade de refrigeração para controle de ponto de orvalho para o FPSO Carioca, que entrará em operação neste ano no campo de Sépia. Com mais de 150 equipamentos em funcionamento a bordo de unidades de produção, agora a HBR mira em seus próximos passos. “O mercado de FPSOs continua a ser o nosso foco e as perspectivas são muito boas para os próximos anos, com os projetos de Mero e Búzios, além das revitalizações em curso e a atuação dos players internacionais, como Shell e Equinor”, afirma o diretor da empresa, Daniel Cueva. O executivo também declara que a companhia trabalha no fornecimento dos sistemas de compressão de ar e geração de nitrogênio do projeto de Tortue, na Mauritânia. Cueva revela ainda que a HBR fará neste ano o lançamento de uma linha de equipamentos específicos para aplicação em FPSOs. “A HBR fornece para o mundo todo, e somos a prova viva de que empresas brasileiras são competitivas e competentes para atuar no mercado nacional e internacional”, declarou.

Antes de começar a falar sobre novos projetos, poderia relembrar sobre a participação da HBR no FPSO Carioca? Que equipamentos foram fornecidos para a plataforma? E quais os diferenciais dessas soluções?

FPSO Carioca

FPSO Carioca

Tivemos uma participação intensa no FPSO Carioca, por meio de um dos nossos parceiros tecnológicos. Ao longo de um ano e meio desenvolvemos a engenharia, fabricamos, testamos e entregamos os sistemas de recuperação de vapor, também conhecidos como VRUs (Vapor Recovery Unit), e a unidade de refrigeração para controle de ponto de orvalho, conhecida como DPCU (Dew Point Control Unit). Além de serem as maiores já construídas no país, e provavelmente uma das maiores do mundo, foi também a primeira vez que uma única empresa brasileira forneceu os dois pacotes conjuntamente. Esse fornecimento nos surpreendeu pois conseguimos utilizar boa parte da cadeia de suprimentos nacional, atingindo um patamar elevado de conteúdo local e, mais importante que tudo isso, com muita competitividade.

Gostaria que comentasse também sobre as demais recentes entregas da HBR nesse mercado de FPSOs.

Atualmente temos mais de 150 equipamentos em funcionamento a bordo de unidades de produção, e estamos envolvidos em praticamente todos os projetos de FPSO para águas brasileiras. O fornecimento mais interessante que temos no momento é para o projeto de Tortue, localizado na Mauritânia. Trata-se de um complexo offshore liderado pela BP (British Petroleum) onde a HBR foi contemplada com um contrato para fornecimento dos sistemas de compressão de ar e geração de nitrogênio. Os sistemas estão em fabricação aqui no Brasil e serão despachados para a China, para integração na plataforma. Por fim, serão instalados na África. Novamente, com qualidade internacional e muita competitividade.

Unidade de compressão entregue para o FPSO Carioca

Unidade de compressão entregue para o FPSO Carioca

O mercado de FPSOs continua a ser o nosso foco e as perspectivas são muito boas para os próximos anos, com os projetos de MERO e BUZIOS, além das revitalizações em curso e a atuação dos players internacionais, como Shell e Equinor. O Brasil é sem dúvida o maior demandante de unidades FPSO, mas é importante lembrar também que somos um polo de excelência neste assunto. Dificilmente encontraremos no mundo outro lugar com profissionais e empresas tão capacitadas para atender a este mercado, diferentemente do que muitas vezes é alardeado. A indústria sofreu com a falta de projetos nos últimos anos, mas está pronta para retomada.

Qual será o planejamento e a estratégia da HBR para conquistar ainda mais presença dentro do mercado de óleo e gás?

Fizemos uma expansão internacional interessante, com presença local em Singapura, Dubai e Houston, e obtivemos bons resultados. Muitos projetos são geridos nestes locais, e a proximidade com o cliente é muito importante. Manteremos esta estratégia para 2021, além de desenvolvimentos no nosso portfólio de produtos.

Como está a expectativa da empresa para o novo ano que se aproxima, em termos de novos negócios?

hbrEstamos acompanhando e cotando nossos produtos para todos os projetos de FPSOs para o Brasil e alguns outros para o mundo. Nosso backlog de propostas neste mercado nunca foi tão grande, o que deixa claro o aquecimento do mercado. Mas nossa principal preocupação continua sendo a penalização da indústria nacional, muitas vezes apontada erroneamente como ineficiente e atrasada. A HBR fornece para o mundo todo, e somos a prova viva de que empresas brasileiras são competitivas e competentes para atuar no mercado nacional e internacional.

Que outras novidades a HBR pretende apresentar ao mercado de óleo e gás daqui em diante (seja em termos de produtos ou investimentos, por exemplo)?

Estamos com um plano de investimento intenso voltado para a otimização dos nossos produtos, e durante o ano de 2021 faremos o lançamento de uma linha de equipamentos específicos para aplicação em FPSOs. Também adicionamos ao nosso portfólio os sistemas de desidratação das gás por TEG e o fornecimento dos sistemas auxiliares de gás de selagem e lubrificação para OEMs, um dos nossos focos para 2021.

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Excelente matéria.