HOLANDA TERÁ 30% DE PARTICIPAÇÃO EM PORTO PRIVADO DO ESPÍRITO SANTO | Petronotícias




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HOLANDA TERÁ 30% DE PARTICIPAÇÃO EM PORTO PRIVADO DO ESPÍRITO SANTO

José Maria NovaesAnunciada em abril, a parceria entre o Porto Central Presidente Kennedy, no Espírito Santo com o Porto de Roterdã terá participação de 30% dos holandeses no projeto que deverá dar origem ao maior terminal privado do país.  Principal sócia da operação, a TPK Logística terá 69% do negócio, enquanto o governo do Espírito Santo terá apenas 1% de participação. Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente do Porto Central, José Maria Novaes (foto), disse que a empresa foi criada exclusivamente para tocar o projeto, sendo que 60% de sua composição é controlada pelo grupo Polimix e 40% por três investidores locais, donos das terras onde o porto será construído. Para iniciar as negociações, os acionistas aguardam a aprovação do projeto pelo Ibama.

Do investimento estimado em R$ 5 bilhões, 70% virão de financiamento, principalmente do BNDES. Novaes não descarta, no entanto, outras fontes de recursos, dado acesso facilitado do governo holandês a recursos de bancos europeus. Desenhado para ocupar uma área de 20 milhões de metros quadrados, o porto contempla a construção de 30 terminais de uso privado, além de áreas industriais. A estrutura, que vai se apoiar em um cais com dez quilômetros de extensão, terá operações por etapas. Até 2017, o porto deverá iniciar suas operações com capacidade de movimentar 50 milhões de toneladas por ano, mas esse número poderá chegar a 150 milhões quando estiver em funcionamento pleno, em meados de 2022. As obras deverão começar a partir do ano que vem.

O propósito do porto é receber cargas em geral, mas o objetivo maior é atender novas demandas geradas pelo petróleo extraído do pré-sal e pós-sal das bacias de Campos (RJ) e do Espírito Santo (ES), localizadas a uma distância de 150 a 250 quilômetros do Porto Central. Para isso, prevê-se a construção de parque de tancagem de petróleo e outros líquidos, transferência de petróleo para petroleiros e estaleiros, além de dois terminais para derivados. A estimativa é que entre 3.200 e 4.500 navios passem pelos terminais. Numa segunda etapa, o projeto quer se beneficiar de outros empreendimentos logísticos planejados para chegar ao litoral do Estado, caso da ferrovia Rio-Vitória.

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