HOUSTON DISCUTE PRÉ-SAL BRASILEIRO
O Brasil esteve em pauta em Houston durante a última semana, quando a cidade sediou a 9ª edição da conferência “Brazil Energy and Power”. O encontro, que ocorreu entre os dias 29 e 30 de agosto, reuniu representantes de empresas, órgãos públicos e instituições acadêmicas para debater o setor de energia, petróleo e gás no Brasil.
O Pré-sal, como era de se esperar, foi o principal tema dos debates, em que foi classificado como uma “janela de oportunidades” pela diretora da ANP, Magda Chambriard. Especulou-se também sobre os desafios tecnológicos que a área deve gerar nos próximos anos, o que deve ser aproveitado para sensibilizar a comunidade científica para pensar em atender às demandas locais, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério de Ciência e Tecnologia, Ronaldo Motta, que fez uma ressalva dizendo que “sem a ciência não há inovação, mas só a ciência não garante inovação”.
O chefe do departamento de Desenvolvimento Econômico, Energia e Meio Ambiente brasileiro, Ernesto Araújo, acredita que “o Brasil está fazendo diferença por conta da visão e do desenvolvimento científico e tecnológico, pela estabilidade e eficiência econômicas e pela criação de empreendimentos, parques tecnológicos e postos de trabalho”, disse, referindo-se ao momento efervescente do país em relação ao mercado mundial.
A respeito da vinda de empresas para o país, o diretor executivo da agência Rio Negócios, Marcelo Haddad, mencionou a grande busca por espaço junto às universidades. “Mais de 50 empresas já foram criadas na incubadora da Coppe-UFRJ, sendo que 40% dessas estão no setor de óleo e gás. E outras empresas vão se instalar no local, como Backer Huges, Halliburton, Valourec, Siemens, BG Group, EMC2, GE Global Reserarch Center, e estamos viabilizando terrenos para 2012”, disse Haddad.
O presidente da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (Amcham RJ-ES), Henrique Rzezinski, finalizou o evento em tom de aprovação dos debates realizados ao longo dos dois dias: “Tenho uma forte convicção de que os pontos que endereçamos aqui, como conteúdo local, tecnologia, inovação e responsabilidade social, são críticos para o sucesso do Brasil como uma opção sustentável e economicamente competitiva”, disse.
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