IBAMA DIZ QUE BARREIRAS DE CONTENÇÃO NÃO DEVEM IMPEDIR O AVANÇO DO ÓLEO NO NORDESTE
O Ibama afirmou nesta terça-feira (15) que o uso de barreiras de contenção para reter o óleo que assola o Nordeste pode “não alcançar a eficácia pretendida” para evitar a contaminação de áreas sensíveis, como a Reserva Biológica Santa Isabel e o Rio São Francisco. Isso porque o petróleo cru que está atingindo a região se concentra em camada sub-superficial, enquanto as barreiras servem apenas para conter o óleo superficial (substância com densidade menor que a da água).
O Ibama também disse que as barreiras de contenção geralmente são efetivas em correntes com velocidades de até um nó, sendo que a vazão dos rios é muito superior a isso. Devido às características de densidade do óleo que está sujando as praias e contaminando o mar, as manchas não são visualizadas em imagens de satélite, sobrevoos e monitoramentos com sensores para detecção de óleo.
O órgão ambiental ainda explicou que em casos onde a origem do óleo é conhecida, a instalação de barreiras em águas calmas é “tecnicamente recomendável para proteger pontos sensíveis, como manguezais”. Porém, acrescentou o Ibama, “se os manguezais já estiverem oleados, a medida poderá provocar o efeito inverso e impedir a depuração natural do ambiente”.
Mesmo assim, o Ibama pediu à Petrobras que cedesse mais de 200 metros de barreiras, que já se encontram em Aracaju (SE) à disposição de instituições que sejam capazes de realizar a instalação e manutenção das estruturas.
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