IBGE DIVULGA PRODUÇÃO INDUSTRIAL QUE MOSTRA RECUPERAÇÃO E AINDA OS EFEITOS DA GREVE DOS CAMINHONEIROS
A produção da indústria do Brasil interrompeu quatro meses de queda e reagiu no mês de novembro impulsionada pelos bens intermediários, mas registrou o resultado mais fraco para o mês em três anos. Ela teve alta de 0,1%, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo IBGE. Ainda assim, o resultado é o mais fraco para novembro desde 2015, quando houve queda de 2%. No trimestre a economia cresceu 0,8%. O PIB alcançou no período R$ 1,716 trilhão. A confiança da indústria brasileira terminou o ano registrando sua segunda alta consecutiva em dezembro, com melhora da percepção sobre a demanda interna, embora ainda sinalize um ritmo moderado de atividade do setor na virada para o próximo ano, segundo a Fundação Getúlio Vargas.
O balanço de 2018 vai fechar positivo, mas com uma taxa menor do que se esperava. Será o segundo ano seguido de alta, mas não se repõe a perda acumulada de 16,7% nos anos de 2014, 2015 e 2016. Isso tem a ver com a greve dos caminhoneiros, dificuldades no mercado de trabalho, crise na Argentina e a instabilidade causada pelo período eleitoral. De acordo com o IBGE, entre as categorias pesquisadas, somente bens intermediárias teve avanço na produção no mês, de 0,7%, após três meses de perdas. A fabricação de bens de capital recuou 2,7%, enquanto bens de consumo teve perdas de 0,4%.
Entre as atividades, a principal influência positiva partiu dos produtos alimentícios, com avanço de 5,9%, interrompendo quatro meses consecutivos de queda. Também se destacaram as altas de 7,1% de produtos farmacêuticos e de 0,5% de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Já entre as quedas, destacou-se a de 4,2% entre veículos automotores, reboques e carrocerias, eliminando o ganho de 2,8% de outubro.
Deixe seu comentário