IBM ANUNCIA COOPERAÇÃO COM UFMG PARA ESTUDOS DE NANOTECNOLOGIA NO SETOR DE ÓLEO E GÁS

Ao passo que a crise é passageira, o mercado brasileiro de óleo e gás já se projeta para avanços definitivos com foco no longo prazo. É essa a visão que hoje direciona um novo convênio de pesquisa firmado entre o Laboratório de Pesquisa da IBM Brasil e o Laboratório de Nanoespectroscopia da Universidade Federal de Minas Gerais (LabNS/UFMG), em projeto voltado a estudos de nanociência e nanotecnologia no país. O acordo tem como objetivo investigar materiais e equipamentos para desenvolver novas aplicações na indústria, com foco principal no aumento da eficiência para a área de óleo e gás. A expectativa é de que a inovação permita aumentar a extração em campos produtivos, reduzindo perdas e elevando as taxas médias de recuperação.

Anunciada nesta sexta-feira (15), a cooperação busca aliar a experiência das duas instituições para progredir em possíveis aplicações da nanotecnologia no mercado. O primeiro segmento a ser beneficiado pelo processo será o de óleo e gás, em avaliações que deverão utilizar conceitos de dispositivos em nanoescala para o desenvolvimento de projetos que ampliem os índices de produção e a extração de óleo das rochas. Hoje, a taxa média de recuperação em projetos do setor é de apenas 30%.

“A instrumentação aplicada à nanotecnologia é um campo estratégico por ser a base de uma indústria de alto valor tecnológico agregado que possibilita a criação de novos empregos que exigem elevado grau educacional, podendo gerar melhoria na qualidade de vida da população”, afirma o coordenador do LabNS, Ado Jorio (foto). “Nesta parceria, estamos aproximando nossos conhecimentos específicos para a criação de novos equipamentos que têm potencial para impactar todo esse ecossistema.”

A cooperação tecnológica deverá se estender a outras áreas, como saúde e biotecnologia. Segundo Jorio, a parceria surge como “um importante exemplo de pesquisa colaborativa entre a indústria e a universidade no país”, ao passo que os estudos avançam em grande parte com base no trabalho desenvolvido pela IBM ao longo dos últimos três anos, focado no segmento de óleo e gás.