IBP PREVÊ PROTAGONISMO DE PETROLEIRAS EM EÓLICAS OFFSHORE, COM INVESTIMENTOS DE US$ 2 BILHÕES E PRIMEIRO LEILÃO EM 2026 | Petronotícias




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IBP PREVÊ PROTAGONISMO DE PETROLEIRAS EM EÓLICAS OFFSHORE, COM INVESTIMENTOS DE US$ 2 BILHÕES E PRIMEIRO LEILÃO EM 2026

Imagem do WhatsApp de 2024-12-16 à(s) 17.56.53_23f94a77Uma nova fronteira de investimentos se abre para o mercado de óleo e gás do Brasil e do mundo. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy (foto), o setor de eólicas offshore deve atrair cerca de US$ 2 bilhões de investimentos no país – montante que será majoritariamente composto por recursos aplicados por petroleiras. Em evento realizado na sede da instituição, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), Ardenghy avaliou que a indústria eólica offshore é uma excelente oportunidade de negócios no Brasil.

A energia eólica é um negócio promissor, e hoje temos um enorme conhecimento acumulado sobre o regime de ventos no litoral brasileiro, a biodiversidade e as correntes marinhas. As empresas de óleo e gás possuem décadas de experiência nessa área”, declarou o executivo. “Estamos muito otimistas em relação à indústria eólica offshore, que pode representar uma nova linha de negócios com grande impacto econômico e ambiental para o Brasil”, acrescentou.

eolicaEle apontou ainda para as possíveis sinergias entre os projetos petrolíferos e os novos empreendimentos movidos pelos ventos marinhos. Como exemplo, citou algumas infraestruturas petrolíferas de produção em águas rasas no Nordeste, em estados como Sergipe, Ceará e Rio Grande do Norte, que poderiam ser transformadas em bases para a produção de energia eólica offshore. “Isso faz todo o sentido econômico, pois gera continuidade para essas estruturas e investimentos já existentes”, avaliou.

Ardenghy apontou que o próximo passo importante para destravar o potencial desse mercado é a regulamentação do marco legal do setor – que foi aprovado na semana passada pelo Senado e agora irá à sanção do presidente Lula. “O Ministério de Minas e Energia, após a sanção presidencial, terá a responsabilidade de regulamentar essa nova legislação. Acreditamos que esse processo deve levar de 8 a 12 meses para ser concluído”, disse.

Após essa regulamentação, o IBP avalia que será possível realizar o primeiro certame de áreas offshore em 2026. “Esse leilão será o ponto de partida para o amadurecimento dos projetos, que deverão atrair investimentos significativos. Estimamos um montante de cerca de 2 bilhões de dólares em investimentos para essa área em 2026, caso esse cronograma se confirme”, projetou.

PROJEÇÕES PARA O MERCADO DE ÓLEO E GÁS

Equipe de análises técnicas do IBP

Equipe de análises técnicas do IBP

Ainda durante o evento, o presidente do IBP e membros da equipe de análise técnica do instituto também apresentaram estimativas para o setor de óleo e gás para os próximos anos. A produção de petróleo no país em 2025 deverá alcançar 3,6 milhões de barris por dia (bpd), o que representaria um crescimento de 6% na comparação com a média registrada em 2024 até outubro (3,4 milhões de barris por dia). Já a demanda de gás natural deve dobrar na próxima década, saindo dos atuais 68 milhões de metros cúbicos por dia para 134 milhões de metros cúbicos por dia em 2034.

O IBP estima ainda a arrecadação de quase R$ 600 bilhões em royalties, participações especiais e lucro-óleos nos próximos quatro anos. No quesito geração de empregos, apenas no segmento upstream, a entidade prevê que cerca de 350 mil vagas diretas e indiretas serão sustentadas entre 2024 e 2033. Atualmente, toda a indústria de petróleo e gás gera mais de 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos no Brasil.

O instituto também avalia que a geopolítica terá um papel central mais uma vez em 2025, por conta do efeito da eleição de Donald Trump nos EUA, das guerras e dos cortes de produção promovidos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+). No campo macroeconômico, o IBP avalia que é importante acompanhar a evolução dos indicadores nos EUA e China, principais consumidores do petróleo.

Por fim, o presidente do IBP destacou que a exploração de novas fronteiras se apresenta como oportunidade não apenas para repor as reservas de petróleo do Brasil, mas também como gerador de desenvolvimento socioeconômico no país. Ele relembrou que o petróleo ultrapassou a soja como principal produto da pauta exportadora brasileira em 2024. De janeiro a novembro, as exportações do produto chegaram a US$ 42,8 bilhões e podem se aproximar dos US$ 50 bilhões no apagar das luzes deste ano.

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