IBP REALIZA EVENTO SOBRE PERSPECTIVAS NO MERCADO DE PETRÓLEO QUE REVELA O ENORME CRESCIMENTO DO MERCADO ASIÁTICO
O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), realizou o Global Oil Outlook 2019 – evento exclusivo para associados – para apresentar as últimas tendências e reflexões sobre o setor de petróleo e gás para o ano de 2019. O evento foi em parceria com a S&P Global-Platts, fornecedora independente de informações, preços de referência para os mercados de energia e commodities. Alberto Guimarães(foto), secretário executivo de Downstream do IBP, disse que “O momento para realização de um evento como esse não poderia ser melhor ou mais apropriado. A indústria de petróleo e gás brasileira experimenta hoje um período de complexas mudanças e oportunidades políticas que não é visto desde o final dos anos 90. O IBP, em parceria com as autoridades e demais agentes do setor, atua para criar um ambiente adequado e seguro para atrair investimentos, permitindo que o Brasil desenvolva suas grandes reservas produtoras de petróleo”.
Mark Schwartz(foto a direita), diretor de estratégia da S&P Global Platts, abordou as perspectivas sobre o mercado global de petróleo, bem como percepções sobre o mercado na América Latina. O momento de transformação da indústria brasileira é seguido por uma mudança de cenário do setor também na América Latina. De acordo com os dados apresentados por Schwartz, a Ásia é hoje o maior mercado de petróleo bruto da América Latina, sendo responsável, no ano passado, por 47% das exportações da região. Em 2018, o continente respondia por apenas 16% das exportações latino-americanas, e a América do Norte (Estados Unidos e Canadá) era o principal destino, com 78%: “Essa tendência continuará sendo observada nos próximos anos, uma vez que os Estados Unidos continuarão aumentando sua produção e reduzindo suas necessidades de importação. Haverá algum incentivo para que os Estados Unidos exportem crudes mais leves e importem os mais pesados, mas não será suficiente para reverter esse quadro”.
Em um cenário global, a principal tendência apresentada pelo especialista é a inserção de eletricidade no transporte pessoal. A indústria automobilística não quer ficar para trás e está investindo na sua preparação para produzir modelos elétricos. Somado a isso, a China está bastante comprometida com essa transformação, tendo a intenção de se tornar uma líder global na eletrificação de veículos: “Caso a China torne a demanda doméstica por carros elétricos viável, poderá se tornar exportadora para os demais países desenvolvidos. É importante considerar as incertezas que rondam esse tema, mas, fazendo uma análise de longo prazo, é possível assumir que tais mudanças acontecerão mais rápido na Europa e na China, um pouco mais devagar nos Estados Unidos e consideravelmente mais devagar no restante do mundo”.
Outro aspecto apresentado por Schwartz foi o impacto da nova regulação da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês), que entra em vigor em 2020, nos mercados globais de petróleo e produtos refinados. Segundo ele, as especificações globais de combustível naval serão mais rígidas a partir do próximo ano, forçando mudanças dentro e fora da indústria petrolífera.
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