IBP VÊ AVANÇOS NA ATRAÇÃO DE INVESTIDORES, MAS AINDA CONSIDERA QUE HÁ QUESTÕES POR RESOLVER NO SETOR
O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) está satisfeito com as mudanças promovidas pelo governo de Michel Temer desde o ano passado, como o fim do operador único no pré-sal e a quebra do conteúdo local, mas ainda considera que há algumas questões a serem resolvidas, como as multas relacionadas ao não cumprimento das regras de contratação no País por parte das petroleiras.
O presidente do instituto, Jorge Camargo (foto), destacou que as mudanças, assim como o calendário fixo de leilões até 2019, foram fatores importantes para chamar a atenção de investidores internacionais, que se mostraram mais interessados no Brasil durante os últimos dias em Houston, na OTC.
O executivo ressaltou que o processo de transição iniciado por este governo “caminha no sentido da melhoria do ambiente de negócios, porém, que ainda restam alguns temas a serem equacionados”.
Camargo afirmou também que é importante reconhecer que neste processo de transição algumas definições são tomadas “de acordo com o possível e representam avanços comparados ao que tínhamos anteriormente, ainda que não contemplem todos os pleitos da indústria”. Em relação a estes pleitos, o executivo citou como exemplos o processo de abertura do operador único e das normas de conteúdo local, que mantiveram as multas por não cumprimento dos percentuais exigidos de encomendas locais.
“O IBP não tem a pretensão de ser o dono da verdade. O importante é que Brasil está no caminho certo e a atual administração federal se mostra mais amigável ao investimento privado, e a indústria tem uma grande convergência com o governo. Conversamos e opinamos de modo muito aberto e franco”, disse Camargo.
O IBP informou ainda que a presença brasileira na OTC deste ano cresceu mais de 30% no Pavilhão Brasil, passando de 32 empresas em 2016 para 42 expositores em 2017.
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