IEC APOSTA EM CRESCIMENTO NO SETOR OFFSHORE
Por Daniel Fraiha / Petronotícias –
Prestes a completar 43 anos, a empresa Instalações e Engenharia de Corrosão (IEC), especializada em proteção catódica, tem seus negócios cada vez mais presentes no setor offshore, em contraponto ao que ocorria há alguns anos, quando o mercado onshore chegou a responder por quase 99% do faturamento da companhia. O diretor da IEC, Luiz Paulo Gomes, contou que hoje essa divisão já está próxima de 50% para cada área e que tem trabalhado junto ao Cenpes para desenvolver inovações que auxiliem na exploração do pré-sal. Egresso da Petrobrás, Gomes publicou um dos únicos livros em português sobre proteção catódica (sob o título: “Sistemas de Proteção Catódica”) e também promove cursos sobre o tema na empresa.
Como surgiu a IEC?
Nossa empresa começou em 1970. Fazemos 43 anos este ano. Dois de nós – somos três sócios – éramos engenheiros da Petrobrás. Depois de três anos lá, fizemos uma pós-graduação em engenharia de equipamentos de petróleo, durante um ano, e, quando terminamos, fomos trabalhar num setor que cuidava de proteção catódica. Começamos a nos interessar por isso, então decidimos pedir demissão e montar uma empresa de engenharia de proteção catódica e estudo de corrosão.
Por que a proteção catódica?
Na época, a proteção catódica era uma tecnologia totalmente desconhecida. Hoje ainda é muito específica e bastante desconhecida, apesar de a Petrobrás utilizar largamente. Existem muitos engenheiros que não sabem o que é isso. A importância do sistema de proteção catódica é que todas as estruturas metálicas importantes utilizadas no mundo moderno – oleodutos, terminais de petróleo, plataformas, tanques, navios etc – são feitas de aço. Ele é um material fantástico, porque é barato, existe em grande quantidade no mundo inteiro, e pode ser dobrado, cortado e soldado com facilidade, mas o único defeito grave é que sofre corrosão. Então, para poder utilizá-lo nessas instalações todas, é preciso dominar a tecnologia de proteção contra corrosão.
Mas a proteção catódica não é a única…
Não. A proteção catódica é uma tecnologia baseada em eletricidade. Para proteger o aço contra a corrosão, ou se pinta o aço, ou se colocam elementos de liga que criam o aço inoxidável, ou se aplica a proteção catódica. Então os dois grandes métodos de proteção dessas estruturas são revestimentos e pinturas, que são uma barreira mecânica, e a proteção catódica.
Em que fases do processo vocês atuam?
Nós fazemos projetos, fornecemos equipamentos e materiais, instalamos e fazemos a manutenção.
Quais são as áreas que mais procuram os serviços da IEC?
Tradicionalmente é a área onshore. Os dutos enterrados. Sempre foi assim. Mas com o desenvolvimento da área offshore, o evento do pré-sal, de grandes descobertas, cada vez mais nós estamos trabalhando para a área offshore. Estamos de escafandro e pé de pato entrando nessa área.
Quanto o offshore já representa para vocês?
Hoje estamos chegando a 50% onshore e 50% offshore. Alguns anos atrás chegava a 99% onshore e 1% offshore. Pelo menos 90% dos dutos terrestres brasileiros foram protegidos pela IEC.
O pré-sal vai gerar novos desafios à proteção catódica?
Sem dúvida o pré-sal é um grande desafio aos técnicos da Petrobrás e de todas as empresas. Teremos que desenvolver novas tecnologias mais avançadas para atender às condições de extração que são extremamente severas. E na proteção catódica também. O Cenpes está estudando novos materiais e novas tecnologias para fazer a proteção catódica dessas novas estruturas, e nós estamos acompanhando isso de perto. Nós todos teremos que desenvolver inovações. Estamos fazendo isso junto com o Cenpes e com empresas estrangeiras.
Existe alguma parceria neste sentido?
Não existe uma parceria fixa, mas tudo que o Cenpes desenvolve e que precisa que seja feito no mercado, ele especifica, e nós, as empresas que trabalham com isso, procuramos fornecer esses materiais. Nós temos contato permanentemente com as pessoas que trabalham com isso no Cenpes.
A empresa atua fora do Brasil?
Sim. Já fizemos trabalhos em vários países da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile e Venezuela. Mas sempre junto com uma empresa brasileira, que pega contratos nesses países e nos subcontrata para a proteção catódica.
Vocês também dão cursos?
Temos salas de aula para empresas que tenham interesse em nos contratar e também fazemos cursos no local, se elas preferirem. Temos cursos de proteção catódica, pintura industrial, corrosão, entre outros. Os dois primeiros têm crescido muito nos últimos anos, porque o Brasil tem um grande gargalo de capacitação, então tem muita procura por isso.
Essa área gera bons resultados?
Nossa finalidade nessa área não é ganhar dinheiro, porque representa pouco no nosso faturamento, menos de 1%, então é muito mais para atender aos clientes e para ficarmos conhecidos no mercado.
Somos uma empresa Holandesa, com tecnologia em fabricação de ânodos especiais de titânio revestido com ligas metálicas especiais, muito usados para Proteção Catódica ou ICCP.
Estamos iniciando a comercialização destes produtos no Brasil.
Aqui uma breve apresentação de nossa empresa e tecnologias. Gostaria de aproveitar a oportunidade de fazer um convite para feira que será de -8-10 de Abril em São Paulo ou mesmo uma visita no Rio e Janeiro .Melhor falarmos sobre esse assunto.
Fico no aguardo.
Atenciosamente.
Sergio Pereira.
Cel.11-983896987