IMPORTAÇÃO DE GÁS PARA TERMELÉTRICAS GERA PREJUÍZO À PETROBRÁS | Petronotícias




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IMPORTAÇÃO DE GÁS PARA TERMELÉTRICAS GERA PREJUÍZO À PETROBRÁS

O calor do verão deve estar esquentando os ânimos da Petrobrás. A empresa tem acumulado prejuízo com o acionamento de termelétricas, por conta de diferenças de preço do gás natural liquefeito (GNL). De acordo com a consultoria Gas Energy, em função dessa disparidade, a estatal tem tido perdas mensais de R$ 240 milhões.

O cálculo leva em conta o preço pago pela Petrobrás para importar GNL (US$ 18 por milhão de BTU), e o valor recebido por ela pela operação das usinas a gás (US$ 12 por milhão de BTU). Com a diferença, a empresa tem um prejuízo de US$ 6 por milhão de BTU, sendo que a capacidade de importação dos terminais de regaseificação do Brasil (de Pecém, CE, e da Baía de Guanabara, RJ) é de 21 milhões de m³/dia.

Nas contas da Gas Energy, esse total de gás importado é capaz de gerar 4 mil MW, e a estimativa da consultoria avalia em R$ 60 milhões o prejuízo da estatal para cada mil MW, o que leva ao valor total do prejuízo de R$ 240 milhões.

Para o presidente do conselho de administração da Gas Energy, Marco Tavares (foto), o problema é causado por dois motivos. Um deles foi a decisão da Petrobrás em não fazer contrato de longo prazo de importação de GNL, o que leva a empresa a depender dos preços de curto prazo. A outra razão é o inverno duro no Hemisfério Norte, que tem gerado uma grande demanda por GNL.

O Operador Nacional do Sistema (ONS) não tem notícias positivas para a Petrobrás, já que pretende manter as termelétricas em operação até a recuperação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas.

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