CONCLUSÃO DE ANGRA 3 É ADIADA NOVAMENTE
O início das operações da usina nuclear Angra 3 foi adiado mais uma vez, agora para maio de 2018. Segundo o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, em seminário de energia nuclear promovido nesta sexta (7) pela estatal russa Rosatom, no Rio de Janeiro, o novo adiamento ocorre em função de mudanças planejadas na área de instrumentação e controle da futura usina, no sentido de modernizar o projeto. As novas alterações farão com que Angra 3 tenha um controle inteiramente digital.
“Houve um cronograma inicial, mas o que levou a dilatar o cronograma é a instrumentação e controle. Vamos imaginar que você goste muito de um computador antigo. Se você sair para procurar, não encontra. Se encontrar é caro e não tem sentido. O mundo todo foi na direção da segurança e da maior eficiência. Não teria sentido irmos em outra direção”, explicou.
A inauguração da unidade Angra 3 (1405 MW) estava inicialmente prevista para dezembro de 2015, após a retomada do programa nuclear brasileiro. No entanto, após vários processos judiciais, envolvendo consórcios inabilitados por falta de capacitação técnica, a data de sua inauguração comercial foi adiada para junho de 2016. Agora, a conclusão da unidade é postergada em quase dois anos, possivelmente com acréscimo de novos custos.
O presidente da Abdan, Antonio Muller, que também estava presente no seminário, reiterou a importância de o projeto da usina nuclear envolver um sistema digitalizado de instrumentação e controle, para a maior eficiência e segurança na usina.
“Os sistemas analógicos são utilizados hoje para reposição, mas os novos projetos são todos digitais”, ressaltou.
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