INDEKSER FORNECE EQUIPAMENTOS PARA USINA NA ANTÁRTICA E ANUNCIA FASE DE EXPANSÃO

A Indekser fabrica equipamentos para diversos tipos de plantas industriais, desde refinarias até usinas de geração de energia, passando pelo setor alimentício, de cosméticos, entre outros. Mas agora está tentando aumentar sua fatia no mercado naval e de óleo e gás. Foi ela, por exemplo, que forneceu as válvulas de alívio, pressão e vácuo, o corta-chamas e os indicadores de nível para os tanques que serão utilizados na usina de geração de energia instalada na Antártica, em parceria da Petrobrás com a Vale Soluções em Energia e a Marinha do Brasil. A presidente da Indekser, Nara Savattone, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou os planos da empresa.

Qual o foco da Indekser?

Atendemos a diversos setores industriais, como o de óleo e gás, o naval, o alimentício, o de cosméticos, o petroquímico, entre outros. Trabalhamos muito em alinhamento com epecistas (que fazem os serviços de montagem industrial, desde o projeto até a execução das obras), atuando em projetos iniciais, ampliações e manutenção também. Mas temos a intenção de entrar com mais força no mercado de óleo e gás.

Quais foram os últimos projetos na área?

Nós fornecemos as válvulas de alívio, pressão e vácuo, os corta-chamas e os visores de nível para os tanques que serão utilizados na usina da Estação Antártica Comandante Ferraz. É um projeto para gerar energia a partir do biodiesel que está sendo implementado no continente Antártico, por uma parceria feita entre a Petrobrás, a Vale Soluções em Energia e a Marinha do Brasil. Também atendemos à refinaria de Cubatão no mês passado, estamos envolvidos com a refinaria de São Mateus, entre outros projetos.

Para o projeto da Antártica foi preciso fazer alguma adaptação nos equipamentos por conta das baixas temperaturas?

Não, porque temos variações de modelos para cada equipamento, de modo que tínhamos um específico para atender à demanda de baixa temperatura.

Qual é a estrutura da Indekser?

Temos uma fábrica de 3 mil metros quadrados em Cordovil, mas estamos querendo expandi-la e aumentar nossa capacidade fabril. Estamos nos capacitando através de órgãos como ABS, IBP, TÜV entre outros, para que possamos atuar com mais abrangência na cadeia de óleo e gás. Inclusive estamos com projetos de inovação tecnológica para a área.

Quais?

Há quase um ano decidimos investir na implantação de uma bancada de testes de corta-chamas na nossa planta, e as obras começaram há seis meses. Vamos buscar um produto que atenda às mesmas exigências que os alemães e ingleses. Com isso poderemos atender a refinarias, fábricas, terminais de armazenagem e outras plantas industriais. Já temos o Certificado de Registro de Classificação Cadastral (CRCC) da Petrobrás na categoria local, e agora estamos tirando o corporativo, que nos possibilitará fornecer para todas as refinarias nacionais.

Há alguma outra pesquisa em andamento?

Estamos também com uma pesquisa para desenvolvimento de uma cabeça de suspiro (utilizada para impedir uma inundação repentina no convés e no tanque de um navio, em caso de naufrágio), que ainda não é produzida no Brasil. No ano passado já fizemos alguns testes e certificamos para algumas plataformas, e vamos investir mais nessa linha para atender à área naval.

O que esperam da área de óleo e gás para os próximos anos?

É um mercado que está se abrindo muito, então a demanda só tende a crescer. Por isso estamos nos capacitando, investindo em novas tecnologias e buscando entrar com mais força. A nossa expectativa é que a Indekser cresça atendendo mais ao segmento. Hoje cerca de 20% do nosso faturamento é relativo ao setor, mas queremos atingir 40% ou mais no futuro.