INDICADORES DO IPEA MOSTRAM REAÇÃO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DEPOIS DA PANDEMIA E DA INFLAÇÃO ALTA
A reação da indústria. O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira (30) registrou alta de 1,1% no mês de março, na comparação com fevereiro. Entre os componentes do consumo aparente, a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) cresceu 0,8% em março e as importações de bens industriais avançaram 2,7% no mesmo mês (depois de quatro quedas seguidas na margem). No primeiro trimestre deste ano, o indicador recuou 0,6% na margem, com alta de 0,1% na produção de bens nacionais e redução de 5,4% nas importações de bens industriais. Na comparação com março do ano passado, a demanda interna por bens industriais teve queda de 4,7%. Em relação ao primeiro trimestre de 2021, o recuo foi de 6,6%. No acumulado em doze meses encerrados em março, a demanda cresceu 4% e as importações de bens industriais avançaram 21,6%, enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou alta de 1,8%.
Na análise das grandes categorias econômicas, o crescimento em março foi generalizado, com destaque positivo para os segmentos de bens de capital e de bens intermediários, que avançaram 3,8% e 1,6% sobre fevereiro. Na comparação com março de 2021, todos os segmentos apresentaram queda. O fraco desempenho observado em janeiro explica o resultado adverso no primeiro trimestre deste ano. Com relação às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação avançou 1,0% sobre fevereiro, com queda de 1,2% no trimestre terminado em março deste ano. A extrativa mineral teve alta de 4% em março e 5,2% no primeiro trimestre de 2022. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas subiram 21,3%.
Na análise setorial, 14 dos 22 segmentos tiveram variação positiva. Os segmentos de outros equipamentos de transporte e de veículos apresentaram os melhores resultados em março, com altas de 7,2% e 5,4%, respectivamente. No primeiro trimestre de 2022, oito segmentos registraram crescimento, com destaque para o consumo aparente de outros equipamentos de transporte, com alta de 5,3%.
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