ÍNDICE COMERC ENERGIA APONTA UM CRESCIMENTO NO CONSUMO DE 6,21% COM A RECUPERAÇÃO DE ALGUNS SETORES INDUSTRIAIS
O consumo de energia iniciou o ano de 2022 aquecido e se intensificou em fevereiro, com alta de 6,21% no consolidado mensal ante 2,16% em janeiro, de acordo com o Índice Comerc Energia, que é publicado mensalmente. Este índice leva em conta o consumo de mais 3.200 unidades de sua carteira, pertencentes aproximadamente a 1.525 empresas que compram energia elétrica no mercado livre. O desempenho, que segue dentro da média histórica, é resultado da performance de todos os onze setores da indústria analisados pelo Índice Comerc, que acompanha os principais segmentos da economia. Destaque para o setor de Veículos e Autopeças, que liderou o ranking com crescimento de 18,98% na comparação com mês passado. O resultado coincide com a ligeira melhora nos indicadores de produção divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), segundo a qual, mesmo com um dia útil a menos em fevereiro, a produção cresceu 14,1% em relação a janeiro. De forma geral, a mesma tendência de otimismo moderado é observada no consumo de energia pelos demais setores da economia, como os exemplos dos setores de Química (+10,94%), Materiais de Construção (+7,16%), Papel e Celulose (+5,98%), Siderurgia & Metalúrgica (+5,41%) e Eletromecânica (+5,34%).
Para Marcelo Ávila, vice-presidente do Grupo Comerc Energia, o resultado do consumo apresentado por todos os setores da economia reflete os primeiros passos de reaquecimento da economia após altos e baixos no último ano: “No geral, os setores iniciaram o ano com a expectativa de superar a crise e retomar a produção industrial, o que se intensificou em fevereiro, mesmo com menos dias úteis. Para os próximos meses, apesar do atual cenário econômico – orquestrado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, inflação em alta e elevada taxa de desemprego –, esperamos bons resultados no consumo de energia. Isso porque, mesmo diante de uma conjuntura sensível, o Ambiente de Contratação Livre faz com que os impactos nas tarifas de energia sejam menos sentidos pelas empresas e organizações que operam nesse ambiente“.
Já no consolidado anual, o desempenho da maioria dos setores seguiu na contramão. É o caso de Eletromecânica, que retraiu 6,77%, e Materiais de Construção, Papel e Celulose e Manufaturados, todos com queda média de 5%; Ainda assim, a retração do consolidado anual foi leve, na ordem de 0,94% em fevereiro ante mesmo período de 2021.
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