INDÍGENAS DESOCUPAM CANTEIRO DE OBRAS DE BELO MONTE | Petronotícias




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INDÍGENAS DESOCUPAM CANTEIRO DE OBRAS DE BELO MONTE

Foram mais de 20 dias de ocupação, com direito a entrada da Funai e de representantes da presidência da república nas negociações, mas chegou ao fim o impasse entre indígenas e a empresa Norte Energia, responsável pela construção da usina de Belo Monte. A empresa anunciou hoje (11), que depois de dois dias de reuniões em Altamira, no Pará, houve um entendimento entre as partes e os indígenas deixaram o sítio Pimental, um dos canteiros de obras da usina.

Os índios, das etnias Juruna, Xikrin, Arara da Volta Grande, Kaiapó e Parakanã, estavam no local desde 21 de junho, quando montaram acampamento para impedir os trabalhos de montagem do empreendimento. De acordo com a Norte Energia, cerca de 2.500 operários ficaram sem trabalhar no período por conta da ocupação.

“Os índios aceitaram as propostas apresentadas pela Norte Energia durante as reuniões. Algumas reivindicações que motivaram a ocupação das lideranças serão atendidas imediatamente e outras, pelo acordo, serão discutidas no âmbito dos dois comitês criados”, afirmou a empresa em nota.

Os comitês dividirão as responsabilidades, sendo que um vai monitorar a vazão à jusante (rio abaixo) do rio Xingu e o outro vai acompanhar as condicionantes do Projeto Básico Ambiental – Componente Indígena (PBA-CI). O início dos trabalhos dos dois comitês vai depender da indicação dos representantes indígenas para cada um deles, o que deverá ser feito em até quinze dias.

O presidente da Norte Energia, Carlos Nascimento (foto), foi quem negociou com os indígenas e comemorou o acordo ao fim de 21 dias de ocupação. “O entendimento sempre prevalece”, disse.

O executivo assinou o documento final, dirigido a cada uma das várias lideranças indígenas, em que ficou definindo que haverá um cronograma para reapresentar o sistema de transposição do Rio Xingu e o atendimento a algumas demandas emergenciais. Quanto à proteção das terras indígenas, a empresa se comprometeu a entregar cinco bases operacionais e dois postos de vigilância. As duas primeiras bases a serem implantadas ficarão nas aldeias dos Arara da Volta Grande e na Koatiemo, com previsão de conclusão para setembro.

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