INDÚSTRIA DE ÓLEO E GÁS AUMENTA PROCURA POR EFICIÊNCIA E SEGURANÇA NO TRANSPORTE DE CARGAS | Petronotícias




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INDÚSTRIA DE ÓLEO E GÁS AUMENTA PROCURA POR EFICIÊNCIA E SEGURANÇA NO TRANSPORTE DE CARGAS

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Bruno SantosCom 12 escritórios espalhados pelo mundo e presença em 120 países por meio de revendedores, a empresa Mix Telematics é uma das que vem nadando contra a corrente em meio à crise econômica brasileira e vê o momento como uma oportunidade para crescer no setor de óleo e gás nacional. A especialização da companhia, em tecnologias de telemetria, usadas para gestão de frotas rodoviárias, é o que gera essa perspectiva positiva. O gerente de vendas e marketing da Mix no Brasil, Bruno Santos, conta que a dura realidade enfrentada pela indústria nos últimos anos fez com que a procura por mais eficiência nos transportes de cargas aumentasse bastante, sendo que o segmento demanda mais requisitos de segurança para buscar essas metas, já que muitas vezes lida com cargas de alto teor inflamável. “Temos indicadores de melhora de 12% no consumo de combustível, de redução de 30% do gasto com horas extras pagas a motoristas, e de 20% a 40% de redução dos custos de manutenção nos veículos, tudo isso com um foco muito centrado nos aspectos de segurança”, afirma Santos, ressaltando que a empresa está lançando dois novos produtos voltados à minimização de riscos nos transportes de cargas.

Como se dá o trabalho da Mix Telematics no setor de óleo e gás?

A Mix é uma grande multinacional, que há 20 anos trabalha com tecnologias envolvendo telemetria. Elas são importantes na área de óleo e gás porque há uma grande preocupação das empresas com a gestão de frotas de forma mais eficiente e segura. É um caminho para reduzir os índices de acidentes ao mesmo tempo em que se reduzem custos de manutenção e gastos de combustível, além de melhorar a gestão de motoristas.

Fornecemos sistemas de gestão de frotas rodoviárias, usados para analisar os dados dos veículos. Esses dados envolvem velocidade, rotação, consumo de combustível, pressão de óleo, temperatura de motor, rotas, trânsito, etc, e são exportados para uma plataforma desenvolvida pela Mix, que faz comparações analíticas.

Questões como excesso de velocidade em pista molhada, em pista seca, no perímetro urbano, em região com altos índices de acidente, entre outras, são muito importantes para o mercado de óleo e gás, por exemplo. Imagina o transportador com uma carga de gasolina, diesel, gás, etanol, acetileno – todos com poder de combustão alto –, dentre outros, numa velocidade acima do permitido. O risco é muito alto. Então a telemetria permite ao transportador que minimize o risco de acidente ao menor fator possível.

Quais os principais clientes da empresa na área de óleo e gás?

Temos clientes como a Schlumberger, a Halliburton, a Linde Gas, as transportadoras Transpedrosa, Budel, Henrique Stefani, Veronese, J.D. Cocenzo, Simarelli, Cita Cooper, Coopertrans, entre outros. Todos os transportadores da Raízen, que pertence à Shell, são nossos clientes.

Eles usam nossos serviços para a gestão da frota, com o monitoramento diário de risco. E o equipamento sinaliza para os motoristas quando estão perto de áreas de risco de acidentes.

Como vê o ano de 2017 na área?

Nossa previsão é que seja um ano bom, principalmente para o mercado de óleo e gás, porque o País é grande e movido pelo transporte rodoviário. E cada vez mais os transportadores estão buscando mais eficiência ao mesmo tempo em que cuidam dos funcionários. Com a nossa tecnologia, eles conseguem fazer isso.

Como a crise afetou a empresa?

Somos uma empresa de tecnologia, então, quando nossos clientes estão diante de uma crise, precisam melhorar processos de gestão. E nossa solução está diretamente relacionada a isso. Temos indicadores de melhora de 12% no consumo de combustível, de redução de 30% do gasto com horas extras pagas a motoristas, e de 20% a 40% de redução dos custos de manutenção no veículo, tudo isso com um foco muito centrado nos aspectos de segurança. São indicadores reais, conseguidos por clientes nossos a partir da implantação das nossas soluções de telemetria.

Quais as oportunidades que a empresa vê na área de óleo e gás para 2017?

Estamos lançando dois grandes produtos esse ano, com o foco na melhora dos processos de gestão, principalmente para os transportadores da área de óleo e gás. O primeiro é um tablet automotivo, para fazer rotograma falado. É uma ferramenta desenvolvida por nós para direcionar o motorista para o melhor caminho, levando em consideração itens de segurança. Temos isso hoje embarcado no equipamento, porém sem a sinalização visual. Agora haverá um terminal de dados que interage com o motorista por meio do tablet.

Qual a diferença em relação ao GPS convencional?

Ele permite mapear todas as áreas de risco, indicando as curvas com alto nível de acidente, indicando a velocidade ideal para passar naquele ponto, especificando as melhores condutas para cada operação específica de transporte.

Por exemplo, num transporte que envolva uma carga contaminante, ao passar por uma área de manancial, por exemplo, o tablet faz indicações para que o motorista aja da forma mais segura e cuidadosa, indicando os melhores caminhos, os pontos de atenção extra, as velocidades ideais para aquela situação etc.

E o outro lançamento?

É uma solução de câmeras embarcadas nos caminhões, que permite passar a imagem daqueles trajetos, trechos etc para quem faz a gestão da frota. Se houve uma freada brusca, por exemplo, o equipamento grava aquele momento e envia ao gestor, para ele entender porque houve aquela freada.

Quais os maiores desafios em relação ao setor de óleo e gás?

A grande preocupação da Mix Telematics é estar atualizada em relação à tecnologia, à gestão de frota e à redução de acidentes. Isso serve para todas as áreas, mas com uma atenção especial para óleo e gás.

Quanto o setor de óleo e gás representa nos negócios da empresa no Brasil?

Cerca de 40%. É uma das áreas mais importantes para a empresa. Não só no Brasil, mas mundialmente falando.

Onde a Mix está presente?

Temos 12 bases pelo mundo, incluindo Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, África do Sul, Austrália e Emirados Árabes Unidos, entre outros. Nossa presença, no entanto, vai muito além disso. Incluindo os revendedores autorizados espalhados pelo globo, estamos presentes em 120 países.

Qual o planejamento da empresa para os próximos anos?

Nós prevemos um crescimento de 20% a 30% na área de óleo e gás brasileira para 2017. Por conta disso, estamos aumentando os investimentos em tecnologias para esse mercado.

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