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INDÚSTRIA DEBATE CAMINHOS PARA AMPLIAR GESTÃO E OFERTA DE FLEXIBILIDADE DE GÁS NATURAL DURANTE EVENTO NO RIO

Imagem do WhatsApp de 2025-08-05 à(s) 19.05.36_b6f9507fO futuro do mercado de gás passa pela gestão e oferta de flexibilidade. A opinião é de Tatiana Lemos, diretora de Originação da Edge – empresa do grupo Cosan que tem ativos de infraestrutura e atua na aquisição e comercialização de gás natural, em sua participação no painel dedicado à oferta de gás no Gas & Energy Week 2025, evento que está acontecendo nesta semana, no Rio de Janeiro. Segundo a executiva, o desafio é oferecer para o mercado produtos que tenham um formato mais próximo do que os clientes precisam – entre eles estão os consumidores de gás e os produtores.

A flexibilidade é uma demanda importante e necessária para o desenvolvimento do mercado de gás”, disse ela. “Vejo claramente o terminal de regaseificação de São Paulo [TRSP, ativo da Edge que entrou em operação em 2024, na Baixada Santista], como uma garantia para oferecer essa flexibilidade. E é uma flexibilidade que a gente oferece com muito cuidado, com muita segurança, porque a gente sabe que o pior gás é aquele gás que não existe”, acrescentou Tatiana.

Claudia Brun, vice-presidente de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Equinor, destacou o mesmo ponto. Para ela, a falta de produtos de flexibilidade é de fato um dos grandes desafios do mercado de gás no País. “O que a gente espera é que ao longo do tempo o mercado se desenvolva, que produtos de flexibilidade sejam desenvolvidos, projetos de estocagem sejam desenvolvidos e a gente tenha um leque de opções maior para poder endereçar essas configurações de produção, ou configurações de demanda, para que o mercado possa absorver isso“, avaliou.

Já Rafael Ribeiro, Gerente Executivo de Gás e Energia da Brava, lembrou que a empresa que estuda transformar o campo de Manati, na Bahia, em uma grande instalação de armazenamento de gás natural, a manutenção desses reservatórios ainda apresentam alguns desafios técnicos, mas o principal ponto de atenção é que a falta de fluxos de consumo de gás mais previsíveis. “Os consumos de compra ainda também não têm esse dinamismo“, observou Ribeiro.

O executivo da Brava destacou que o gás onshore já representa quase 15% da produção nacional e que esses números mostram a força desse segmento, que, segundo ele, precisa de previsibilidade regulatória para novos investimentos em campos que precisam ser desenvolvidos. “[Eles] envolvem a decisão de investimento, envolvem mapa de ação do mercado para a gente desenvolver a competitividade e mais volumes de investimento”, concluiu.

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