INDÚSTRIA DO AÇO REAGE NA AMÉRICA LATINA EM 2021 E CRIA 100 MIL EMPREGOS. BRASIL E PERU FORAM OS MELHORES MERCADOS
A Associação Latino Americana de Aço, entidade que conecta as cadeias de consumidores e produtores de aço na região, registra dados interessantes sobre o número de empregos que o setor gerou na América Latina em 2021. Foram criados mais de 100 mil vagas. O Brasil foi o país que registrou o maior aumento de empregos diretos em 2021, em relação a 2020, com um total de 16.600 postos, seguidos pelo Peru, com 1.900. Os países com maiores indicadores de geração de empregos indiretos foram, pela ordem, Chile, México, Equador, Argentina e Brasil, com 4.400 postos. De acordo com a Acelero, esse aumento representa uma alta de 8,3% com relação a 2020, ano em que 93 mil postos de trabalho foram perdidos. Com isso, o setor na América Latina atingiu 1,3 milhão de empregos, um resultado fundamental para a recuperação econômica após a crise sanitária.
Para Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero, apesar do grande impacto da pandemia nos níveis de emprego, a indústria do aço demonstrou sua resiliência mais uma vez. “No primeiro ano da pandemia, 18 fornos pararam de operar e houve uma perda de mais de 90 mil empregos no nosso setor. Mesmo assim, em 2021 a indústria do aço deu rápidos sinais de melhoria: houve uma recuperação de 9%, acima dos 8,1% do restante da cadeia de valor. Hoje, para cada posto de trabalho na indústria do aço são gerados outros empregos indiretos dentro dessa cadeia”, declarou.
Segundo a Alacero, a pandemia foi o principal vetor da oscilação da economia e do índice de emprego na América Latina. No primeiro ano provocou a perda de 16.300 empregos diretos (-7,4%), porcentagem ligeiramente superior à queda de 7,1% observada nos empregos indiretos, o que representou menos 76.800 postos de trabalho. Apesar do grande impacto da pandemia nos empregos na indústria siderúrgica, o setor demonstrou ser mais resistente. Embora a indústria tenha se recuperado, outro ponto de atenção na cadeia siderúrgica latino-americana, segundo a Acelero, são as assimetrias competitivas que dificultam o crescimento e têm impacto negativo na geração de empregos, devido à alta carga tributária. Como resultado, as importações da China, por exemplo, já afetam cerca de 5,3 milhões de empregos produtivos e de alta qualidade.
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