INGEVITY BUSCA ATINGIR NOVOS MERCADOS E AMPLIAR FORNECIMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS NA CADEIA PRODUTIVA DO PRÉ-SAL | Petronotícias




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INGEVITY BUSCA ATINGIR NOVOS MERCADOS E AMPLIAR FORNECIMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS NA CADEIA PRODUTIVA DO PRÉ-SAL

Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –

Wanderson AlmeidaEnquanto grande parte da indústria brasileira sofre com os impactos da desvalorização do real frente ao dólar, algumas empresas têm conseguido aprimorar sua competitividade em meio ao cenário de oscilação cambial. As mudanças no mercado nacional favorecem empresas como a Ingevity, estreante da indústria que busca hoje atingir novos mercados e clientes para fornecimento de produtos químicos. Ainda em processo de se tornar independente, por conta de uma operação em andamento de spin off do Grupo WestRock, a Ingevity, com sede nos Estados Unidos, atua na cadeia brasileira de petróleo e gás com uma produção 100% local, o que vem favorecendo suas operações em meio à disparada do dólar. De acordo com o gerente de óleo e gás da empresa, Wanderson Almeida, o momento é de boas perspectivas. As regras de conteúdo nacional tornaram a companhia mais atrativa ao longo dos últimos anos, e a expectativa para o futuro é de firmar novos contratos de fornecimento para a cadeia produtiva da região do pré-sal. Além disso, a empresa é detentora da única biorrefinaria da América Latina, que fica no município de Palmeira, em Santa Catarina, e vem passando nos últimos meses por um projeto de expansão. O momento de dificuldades no mercado nacional não tem impedido o investimento em novas tecnologias, afirma Almeida, que enxerga espaços cada vez maiores no mercado para a atuação da companhia.

A empresa já tem contratos para atuação no setor brasileiro de óleo e gás?

Quando falamos em mercado de óleo e gás, a Ingevity se apresenta como uma empresa que atua como fornecedora de aditivos, principalmente para perfuração. No nosso portfólio estão produtos químicos, como emulsificantes, inibidores de corrosão, agentes umectantes e inibidores de incrustação. Nossa atuação está em fornecer matérias-primas às empresas que fornecem diretamente para as empresas exploradoras.

Quais são hoje os principais projetos da Ingevity no Brasil?

Com a produção e desenvolvimento locais desta matéria-prima, estamos focados em reforçar nossa atuação como fornecedores para o mercado de óleo e gás no Brasil e outros países da América do Sul. No atual cenário econômico, percebemos um movimento relevante dos clientes na busca por soluções locais, inovadoras, customizadas e economicamente viáveis.

Desenvolvemos produtos químicos originados do Tall Oil, um co-produto obtido durante o processo de fabricação de papel e celulose, quando usamos a árvore Pinus como matéria-prima. Em Palmeira, interior de Santa Catarina, temos a única biorrefinaria na América Latina, que realiza o fracionamento do Pinus para obter, entre outros produtos, o ácido graxo de Tall Oil. Na produção de derivados em Duque de Caxias, desenvolvemos aditivos que oferecem estabilidade superior para emulsões em fluidos à base de óleo para aplicações em alta temperatura, entre outros usos.  

A companhia vem desenvolvendo novos produtos para o setor de petróleo?

A Ingevity introduzirá novos produtos em seu portfólio direcionado para o mercado de óleo e gás em 2016. Ainda não podemos detalhar, mas em breve teremos novidades.

Como avalia o atual momento do mercado brasileiro?

O mercado mundial de petróleo, de uma forma geral, está passando por um momento delicado. Com o baixo preço dos barris, o setor não se torna atrativo para exploração e investimentos, o que exige que as empresas se reinventem e busquem novos caminhos. Estamos sempre em busca da superação dos desafios dos nossos clientes de hoje e amanhã. Por isso, a solução de problemas está no centro dos nossos negócios. Com uma produção 100% local para o mercado de óleo e gás, a Ingevity se torna competitiva neste cenário em que o real está desvalorizado.

A empresa tem encontrado espaço para oferecer tecnologias no atual cenário?

Temos conhecimento sobre as necessidades dos clientes. Contamos com um Centro de Pesquisa e Inovação na cidade de Charleston, nos Estados Unidos, e dois laboratórios de aplicação, sendo um na China e outro na unidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, que trabalham de forma integrada. Nosso trabalho de inovação busca atender aos desafios da indústria de petróleo em relação às atividades de perfuração e corrosão na exploração do pré-sal e, dentro disso, estamos sempre encontrando espaço para novas tecnologias.

Com conteúdo local, nos tornamos mais atraentes para o mercado e percebemos mais espaço e liberdade para desenvolver e oferecer novas tecnologias e produtos. E o cenário se mostra ainda mais positivo quando falamos em tecnologias sustentáveis, um dos caminhos que seguimos na Ingevity. Nossa atuação é baseada no que chamamos de “Química da Árvore”, que é construída com base em recursos renováveis para oferecer à indústria de especialidades químicas derivados de co-produtos da fabricação de celulose, a partir do Pinus.

Há novos investimentos previstos para este ano?

Para ampliar nosso portfólio no segmento de óleo e gás, concluímos importantes investimentos na fábrica de derivados em Duque de Caxias. O investimento incluiu melhorias e a instalação de novos equipamentos –  utilizados para misturas e reações químicas – em três reatores da planta para viabilizar o aumento e a diversificação da produção.

Além disso, a empresa iniciou recentemente a expansão da biorrefinaria de Palmeira, que também suportará os planos de crescimento da Ingevity no segmento. Agora estamos focados na manutenção destes investimentos e no desenvolvimento de novos produtos e aplicações.

Como a empresa pretende se expandir no Brasil?

Grande parte dos produtos disponibilizados por nós é fabricada localmente a partir de tecnologias vindas dos Estados Unidos, onde está nossa matriz. Com isso, atendemos às exigências de conteúdo local estabelecidas pela indústria de óleo e gás no Brasil, o que é um grande diferencial para reforçarmos nosso fornecimento. Além disso, investimos em estrutura e agora vamos buscar o desenvolvimento de produtos e novas tecnologias, acompanhando a necessidade dos mercados em que atuamos.

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