INSTITUIÇÕES EMPRESARIAIS QUEREM A RETOMADA DOS NEGÓCIOS NO SETOR DE PETRÓLEO E O FIM DA EXCLUSIVIDADE DA PETROBRÁS NO PRÉ-SAL | Petronotícias




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INSTITUIÇÕES EMPRESARIAIS QUEREM A RETOMADA DOS NEGÓCIOS NO SETOR DE PETRÓLEO E O FIM DA EXCLUSIVIDADE DA PETROBRÁS NO PRÉ-SAL

eugenioPara retomar os negócios no setor de petróleo brasileiro, 22 entidades empresariais, coordenadas num trabalho da ONIP – Organização Nacional da Indústria do Petróleo – querem o fim da exclusividade da Petrobrás no pré-sal , uma definição de uma política industrial para fornecedores, mudanças nas regras de conteúdo local e um calendário regular de leilões de petróleo. Essas propostas serão levadas para o Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, num encontro que deverá ser marcado para a próxima semana.

O que se quer é  ampliar a participação de empresas privadas no setor e melhorar a competitividade dos fornecedores locais de bens e serviços. Entre as entidades que fortalecem o movimento está o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que reúne as empresas petroleiras em atividades no Brasil, que já vem propondo uma flexibilização na política de conteúdo nacional, a associações de empresas fornecedoras de bens e serviços e federações estaduais de indústrias.

A redução de investimentos da Petrobrás, que anunciou nesta segunda-feira (5) um novo corte nos investimentos e  a consequente paralisação do mercado, onde não há negócios, são fatores de grande preocupação.  O presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso Dias Cardoso, outro que há meses vem denunciando a estagnação dos negócios, é taxativo:

“ A Petrobrás não faz negócios. Parou de comprar. O impacto é gigantesco, com demissões. Quem tem clientes, sofre demais. ”

Já o presidente da ONIP , entidade que organiza esta espécie de levante da indústria, diz que:

“Nosso objetivo é perseguir permanentemente a melhoria do ambiente de negócios”

Uma posição endossada pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Petróleo (Abespetro), Paulo Cesar Martins:

“Não podemos depender nunca de uma única empresa. A crise do preço não nos assusta, já passamos por isso algumas vezes no passado. O que precisamos é ajustar o modelo para ter uma política mais robusta para o petróleo e gás” .

As entidades que lideram o movimento  defendem que a lista de propostas é de fácil execução e teria como resultado melhorar a atratividade do país para o investimento estrangeiro no setor de petróleo. O  presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira (foto):

“ A proposta mais polêmica já está em discussão no Congresso. A  mudança na lei do pré-sal, que permita que empresas privadas explorem áreas hoje reservadas à Petrobras. Com essa crise, é importante que o país descubra setores que não têm muita relação com o mercado interno. E o setor de petróleo é o mais importante deles, pois pode ser voltado para exportação e carrega uma gigantesca cadeia produtiva instalada no país”.  

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