INSTITUIÇÕES GLOBAIS DEFENDEM O USO DA ENERGIA NUCLEAR COMO SAÍDA PARA REDUZIR AS EMISSÕES DE CARBONO

Diretora-geral da WNA, Sama Bilbao y León

A World Nuclear Association (WNA) lançou um comunicado conjunto com a Canadian Nuclear Association, FORATOM, Japan Atomic Industrial Forum, Nuclear Energy Institute e a  Nuclear Industry Association, aproveitando a reunião de líderes mundiais hoje (22) e amanhã (23) sobre as metas do clima, para galvanizar os esforços de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O grupo associado diz que “Temos menos de trinta anos para reduzir a zero as emissões de carbono de todos os setores de nossa economia global. Para atender à urgência e à magnitude desse desafio, devemos adotar uma abordagem realista e baseada na ciência que aborde todos os setores. O mundo precisará gerar muitas vezes mais energia limpa do que fazemos hoje. Para conseguir isso, será necessário usar todas as tecnologias de baixo carbono à nossa disposição. A energia nuclear deve ser uma dessas tecnologias.”

O grupo formado por instituições internacionais defendem as tecnologias nucleares e apresentam dados que trazem benefícios confiáveis. Afirmam que o histórico é comprovado. “As usinas nucleares operam há mais de 60 anos; eles são a maior fonte única de eletricidade de baixo carbono nos países desenvolvidos e têm um histórico comprovado de oferecer uma alternativa acessível de baixo carbono à geração de combustível fóssil”. Falam ainda sobre a confiabilidade, porque uma usina gera energia  24 horas por dia, 7 dias por semana e  fornecem uma saída confiável e sempre ativa. Apresentam dados que as usinas também podem operar com flexibilidade, apoiando a implantação de geração renovável intermitente e garantindo um sistema elétrico robusto.

Afirma que são eficazes também em termos de custos: “a energia nuclear é um mitigador eficaz em termos de custos das alterações climáticas. Estender a operação de nossos reatores atuais é a forma de geração adicional de baixo carbono de menor custo. Novos reatores são competitivos, especialmente quando os custos totais do sistema e o valor das emissões evitadas são levados em consideração.”

A capacidade nuclear, lembra, reatores nucleares pode ser usada para fornecer calor de processo para a indústria, dessalinizar água, produzir hidrogênio verde e criar combustíveis sintéticos com baixo teor de carbono, bem como para gerar energia. Falam também sobre  a criação de empregos e dos benefícios socioeconômicos: “a implantação da energia nuclear promove de forma eficiente o crescimento econômico nacional e local. Fornece empregos altamente qualificados de longo prazo e tem efeitos multiplicadores significativos em muitos setores da economia. Para os países em desenvolvimento, onde a maior parte do crescimento da demanda mundial de energia ocorrerá nas próximas décadas, a energia nuclear pode ser um grande contribuinte para o desenvolvimento, além de limitar sua dependência dos combustíveis fósseis.”

O grupo lembra do acesso a energia nuclear e as inovações que poderão ampliar ainda mais a sua utilização e faz um apelo aos participantes do encontro sobre o clima: “Atualmente, a  inovação nuclear está abrindo novas possibilidades para o desenvolvimento sustentável. A energia nuclear é uma parte vital de uma transição bem-sucedida para um futuro com energia limpa. Instamos os líderes globais a colocar em prática políticas neutras em termos de tecnologia que possibilitem aos países implantar todas as opções de baixo carbono disponíveis enquanto definem seus planos de ação para atingir o valor líquido zero. Não prive as gerações atuais e futuras de uma das fontes de geração de baixo carbono mais eficazes atualmente disponíveis.”