INSTITUTO AÇO BRASIL VAI LUTAR PELA COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA SIDERÚRGICA BRASILEIRA
O novo presidente do conselho diretor do Instituto Aço Brasil, Albano Chagas Vieira, que irá tomar posse na próxima quarta-feira (27), afirmou que a principal bandeira de sua gestão será a luta para retomar a competitividade da indústria siderúrgica no Brasil. Um dos principais fatores que influenciam na queda da indústria, que vem ocorendo paulatinamente desde antes da crise financeira global de 2008, é o aumento do custo Brasil.
Um dos fatores que provoca o aumento do custo Brasil é a supervalorização do câmbio, o que faz com que o mercado da siderurgia, entre outros, perca força de competição no mercado externo. Para tentar solucionar este recorrente problema, Vieira afirma que o Instituto vai atuar em três frentes.
A primeira para a integração entre as operações das empresas siderúrgicas, com investimento na matéria-prima e insumos para baixar o custo de produção. A segunda frente envolve pressionar o governo, para que se conquiste incentivos como redução da carga tributária e fiscal, desoneração de energia, etc. A última frente desta luta é contra a valorização do real, que prejudica as exportações, fazendo com que o país perca espaço no mercado mundial da siderurgia.
O Brasil vem produzindo aço aquém de sua capacidade, pois os custos de produção são altos demais para justificar a exportação. Em 2011 foram produzidos 35 milhões de toneladas de aço, número que deve se repetir este ano, mas que não chega nem perto das 48 milhões de toneladas que o Brasil é capaz de produzir. O custo de produção de uma tonelada de aço no Brasil é de US$ 1,8 mil, quase quatro vezes o custo de um país como a China, que possui incentivos fiscais para a siderurgia.
As exportações brasileiras giram em torno de 9 milhões de toneladas anuais graças aos embarques da ThyssenKrupp no Rio, que representam quase metade das importações e são voltadas para abastecer as unidades do grupo na Alemanha e nos EUA. Para Vieira, o Brasil vem se tornando um país exportador de bens primários e agrícolas graças aos incentivos fiscais dados a estes produtos. O presidente do Instituto Aço Brasil se apóia nos números do PIB industrial, que teve queda de 10% nos últimos 15 anos.
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