INSTITUTO APONTA FALHAS NO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO DO GOVERNO FEDERAL
O governo federal teria planejado mal o parque de usinas térmicas do Brasil. É o que afirma um relatório do Instituto Acende Brasil, centro privado do setor elétrico. Segundo ele, uma série de equívocos explicaria os custos tão elevados pagos pelo sistema elétrico.
Um dos pontos negativos, segundo o estudo, seria a existência de erros no modelo computacional adotado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), o Newave, responsável por um exagero no volume útil dos reservatórios hidrelétricos. Simulações feitas a pedido do Instituto Acende, entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012, apontam um erro médio de nada menos que 10,7% entre o volume real nos reservatórios e as projeções do Newave.
Nesse sentido, o país estaria fadado a depender mais da energia térmica do que o estimado pelo governo, que apenas planejaria utilizá-la em curtos períodos. Como as usinas térmicas têm um custo elevado, a divergência levaria a gastos altos e imprevistos. De fato, desde o fim de 2011, segundo Sales, as térmicas passaram a ser despachadas com frequência pelo ONS.
Além disso, no entendimento de Claudio Sales, presidente do Instituto Acende, os leilões de novos projetos energéticos desprezam fatores como localização e flexibilidade operacional, resultando num sistema pouco eficiente. Segundo Sales, a revisão no modelo de leilões evitaria outros casos de ineficiência no futuro.
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