INTERTEK FAZ ALERTA PARA QUE OS AVIÕES DE PEQUENO PORTE FAÇA INSPEÇÃO NO COMBUSTÍVEL ANTES DE VOAR
Com a drástica redução das viagens aéreas no auge da pandemia, a aviação comercial sofreu muito e os táxis aéreos mais ainda. Os pequenos aviões, então, nem se fala. Praticamente ficaram completamente parados por meses. E isso acende um sinal de alerta. Não sobre os aviões no céu, mas no solo. O alerta é devido a qualidade do combustível que ficou nos tanques das aeronaves. É recomendável revisar detalhadamente qualquer combustível parado por mais de 3 meses. Claro, diversas são as áreas relacionadas ao setor de transporte aéreo merece atenção, principalmente em relação aos combustíveis. Segundo a Intertek, fornecedora líder global de Garantia da Qualidade Total para indústrias do mundo inteiro, com mais de 1.000 laboratórios e escritórios e mais de 46.000 pessoas em mais de 100 países, após análises microbiológicas de aeronaves no Brasil que apresentaram problemas após os primeiros 150 dias de quarentena, observou-se a degradação do combustível dentro do tanque por bactérias presentes na água no produto.
Edmundo Martins(foto a direita), gerente de operações da Intertek Brasil, diz que “Quando o petróleo é extraído da terra, ele entra em uma mistura de solo, areia, sedimento, água e gás. Quando separados, a gasolina, o óleo diesel sempre apresentam teor de água. Quando armazenada por muito tempo, a água, por ser mais pesada, vai para o fundo do tanque. As empresas deveriam ter uma rotina de drenagem para retirar a água decantada dos tanques e detectar a degradação de bactérias. Mas quando este é decantado no fundo do tanque de uma aeronave não utilizada, recomenda-se um mergulho profundo para evitar qualquer problema.
De acordo com a Intertek, o combustível armazenado por períodos mais longos precisa de verificação e auditoria constantes. A empresa realizou análises microbiológicas durante o mês de julho em 36 situações de transporte aéreo no Brasil e constatou em algumas delas a presença de bactérias em níveis médio e baixo. Se não for tratada com biocida, a aeronave pode apresentar riscos. Por não ser um item normalmente testado ou ter especificação da ANP (Agência Nacional do Petróleo), nem todo mundo está fazendo essa avaliação. Mas é bom ficar de olho bem vivo: “Tivemos um aumento significativo nos pedidos de análise de combustível de acordo com a especificação da ANP, incluindo análises microbiológicas.“. diz Edmundo.
Existe também uma demanda por aviação comercial e fiscalização de aviação em larga escala, que utiliza querosene, mas mesmo assim, se o produto estiver parado, precisa de atenção, já que combustíveis que estão parados há mais de 3 meses precisam ter sua qualidade retestada para ter certeza de que suas características importantes permanecem, de acordo com especialistas.
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