O GRUPO GUERRILHEIRO HUTHIS É ACUSADO PELA EXPLOSÃO DE UM PETROLEIRO NO MAR VERMELHO
As investigações apontam para os Huthis, um grupo guerrilheiro do Iêmen, como responsável por ter causado a explosão que atingiu petroleiro BW Rhine, ao largo da cidade portuária de Jeddah, na Arábia Saudita, no domingo. O petroleiro foi atingido a partir do exterior da embarcação provocando uma explosão e um incêndio a bordo. O armador é a Cingapura Hafnia. Os 22 tripulantes, com bandeira saíram ilesos do navio, mas um vazamento de combustível devido a explosão. O mercado do dólar não variou em função desse problema. A Arábia Saudita não quis confirmar a explosão, que de acordo com o Gabinete britânico das Operações Comerciais Marítimas (UKMTO), ocorreu em Jeddah, porto-chave no Mar Vermelho, centro de distribuição para a Saudi Aramco.
No mês passado, uma explosão danificou um petroleiro grego, no porto saudita de Al-Shuqaiq, no sul da Arábia Saudita. A coligação militar, liderada por Riade, que intervêm no Iêmen que está em guerra contra os rebeldes Huthis, atribuiu o ataque a este grupo. Esta explosão ocorreu quando os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irã, intensificaram os ataques contra a vizinha Arábia Saudita, numa represália pela campanha militar em curso em seu país. Em novembro, os rebeldes declararam ter atingido com um míssil uma fábrica da Aramco, em Jeddah. A empresa pública saudita, primeira exportadora de petróleo do mundo, indicou que este ataque tinha atingido um reservatório de petróleo, causando uma explosão e um incêndio.
Por outro lado, Riade tem acusado, em várias ocasiões, Teerã de fornecer armas sofisticadas aos Huthis, acusação que o Irã nega. Desde 2014, dezenas de milhares de pessoas morreram no conflito no Iêmen. De acordo com a ONU, o conflito causou a pior crise humanitária em curso no mundo. A via marítima, essencial para mercadorias e abastecimento do petróleo, o Mar Vermelho já foi minado anteriormente. Em 1984, cerca de 19 navios foram atingidos por minas no local.
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