INVESTIGAÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO APONTAM SUPERFATURAMENTO EM OBRAS DA REPAR
Os tentáculos do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa parecem não ter fim. Agora, o Ministério Público Federal (MPF) investiga novas suspeitas de irregularidades nas contratações feitas pela Petrobrás, desta vez em relação à refinaria Repar, no Paraná. Também neste caso o relatório dos procuradores indica que haja dedo do ex-diretor da estatal. Do Nordeste ao Sul, passando por Pasadena, nos Estados Unidos, todas as acusações envolvendo a Petrobrás nos últimos tempos têm incluído também o nome de Costa.
O novo documento aponta conexão entre os desvios na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e na Repar, onde um laudo da Polícia Federal identificou sobrepreço de R$ 1,4 bilhão nos contratos, somados em R$ 7,5 bilhões.
De acordo com o Ministério Público, parte do dinheiro de superfaturamento pode ter sido repassado a empresas suspeitas de participarem no esquema de lavagem de dinheiro deflagrado pela Operação Lava-Jato, em que a Polícia Federal cita o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef como peças principais.
Costa ficou preso por quase dois meses entre março e maio deste ano, recebeu um habeas corpus do ministro Teori Zavascki, do STF, e voltou a ser preso na última semana, após a descoberta de que possuía cerca de US$ 23 milhões em contas na Suíça.
Um dia antes da nova prisão, o ex-diretor havia deposto na CPI da Petrobrás, no Senado, quando negou ter contas no exterior. Além disso, a Suíça abriu processo penal contra ele no fim da semana passada.
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