INVESTIMENTOS DA PETROBRÁS EM 2019 TOTALIZARAM US$ 27,4 BILHÕES, IMPULSIONADOS POR LEILÕES
Os números de investimentos da Petrobrás em seu balanço anual são um capítulo à parte. Em 2019, a empresa desembolsou US$ 27,4 bilhões, número bem acima em comparação com anos passados. Esse volume abrange os bônus de assinatura pagos pela companhia nos leilões realizados em 2019. Tirando o efeito dessas licitações, o valor total de investimentos cai para US$ 10,7 bilhões, abaixo do que foi registrado em anos anteriores.
Os investimentos com leilões somaram US$ 16,671 bilhões em 2019. O presidente da companhia, Roberto Castello Branco (foto), chamou a atenção para a postura da petroleira em ser bem criteriosa na escolha de novos ativos. “A seletividade na alocação do capital foi posta à prova nos 3 leilões realizados pela ANP em outubro e novembro, com a oferta de 45 blocos. A companhia apresentou propostas para apenas cinco, tendo sido vencedora em quatro, C-M-477, Búzios, Itapu e Aram”, escreveu em comunicado ao mercado.
A segunda maior parte dos recursos se concentrou no segmento de exploração e produção, que atualmente é o foco da Petrobrás. O setor recebeu US$ 8,4 bilhões em investimentos, uma diminuição de 21,8% na comparação com 2018. O pré-sal, como se sabe, é o destino preferencial desses montantes. O que é natural e em linha com o que a direção da companhia divulga para seus investidores.
Para se ter ideia, somente no quarto trimestre, os investimentos concentraram-se principalmente no desenvolvimento da produção do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 1,2 bilhão). Uma fatia pequena foi destinada aos novos projetos em campos maduros (US$ 0,2 bilhão) e investimentos exploratórios no pós e pré-sal (US$ 0,2 bilhão).
Falando em desenvolvimento da produção do pré-sal, a próxima plataforma a entrar em operação na camada será a p-70, que está terminando seu processo de comissionamento. A unidade vai operar no campo de Atapu, que já conta com 10 poços perfurados e 3 completados. Esta será a única plataforma a entrar em operação no ano. Para 2021, outras duas unidades estão previstas. A primeira delas é Sépia 1 (FPSO Carioca) e a outra é Mero 1 (FPSO Guanabara). Ambas contam com 80% de avanço físico concluído.
Ainda sobre o futuro da Petrobrás, outra fronteira que a companhia quer explorar é a área de digitalização. Para isso, a estatal está investindo na ampliação de sua capacidade de computação de alta performance (HPC). “O aumento na capacidade de HPC é necessário para viabilizar a aplicação de algoritmos mais sofisticados que nos darão uma quantidade substancialmente maior de informações na exploração e em reservatórios de petróleo”, comentou Castello Branco.
O executivo acredita que com o emprego de inteligência artificial, será possível criar projetos que revolucionarão a exploração de petróleo e o desenvolvimento de campos, “diminuindo substancialmente a probabilidade de furar poços secos e o período entre a descoberta e o primeiro óleo”. O presidente ainda acrescentou que “tais projetos influenciarão muito positivamente a taxa de retorno sobre o capital empregado num futuro não muito distante”.
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