IRÃ INICIA UMA NOVA ETAPA NAS ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTOS DE URÂNIO EM SUAS CENTRÍFUGAS
O Irã iniciou uma nova etapa de atividades de enriquecimento de urânio. A informação é do representante permanente do país junto a organizações internacionais em Viena, Kazem Gharibabadi. Ele disse que durante a discussão sobre o Irã na recente reunião do Conselho de Administração da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), França, Alemanha e Reino Unido – os países E3 – “expressaram pesar” sobre a retirada dos Estados Unidos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPoA) e a reimposição de sanções econômicas contra o Irã, em maio de 2018: “Eles também apresentaram uma longa lista de críticas e preocupações sobre a redução do Irã em seus compromissos com o JCPoA, conclamando o Irã a retornar à plena implementação de suas obrigações. O Irã permaneceu total e efetivamente comprometido com todos os seus obrigações por um ano após a retirada dos Estados Unidos do acordo.”
Kazem Gharibabadi criticou a E3 por simplesmente expressar arrependimento pela retirada de Washington, mas não tomou nenhuma atitude. Segundo ele, a E3 tem, nos últimos dois anos e meio, “falhado em cumprir suas obrigações no que diz respeito ao levantamento de sanções e cooperação nuclear pacífica com o Irã. Os efeitos do levantamento das sanções na prática. Portanto, tanto os europeus quanto os Estados membros da AIEA e seu Conselho de Governadores devem ser lembrados dessas realidades, o que, naturalmente, está sempre sendo feito em diferentes níveis e em diferentes ocasiões.”
A inserção do UF6 é a última etapa antes do início do processo de enriquecimento e separação do urânio-238 do urânio-235. Além das centrífugas de primeira geração, uma cascata de 174 novas centrífugas IR-2M estará enriquecendo urânio na instalação nuclear de Natanz. Gharibabadi disse que “Os três países europeus já anunciaram suas posições sobre o desenvolvimento de novas máquinas. Em resposta, temos repetido a eles que o Irã não pode retornar aos compromissos que reduziu enquanto não houver os benefícios do JCPoA com o levantamento das sanções. Não é lógico e nem prático para o Irã implementar o JCPoA unilateralmente e às suas próprias custas, mas o Irã continua comprometido com os acordos de salvaguardas da AIEA.”
Com base nos relatórios de verificação da AIEA, as reservas de urânio do Irã são agora 12 vezes maiores do que o nível permitido pelo JCPoA. Quanto a isso o representante iraniano disse que “Eles estão preocupados com esta preocupação de proliferação, como eles colocam. Se os Estados Unidos estavam preocupados com as ações do Irã, por que se retiraram do JCPoA? Antes de o acordo nuclear ser assinado em 2015, o Irã possuía cerca de 36 vezes mais urânio do que é permitido pelo JCPoA, mas nunca se desviou de suas atividades pacíficas.”
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