ISA VAI PROMOVER MAIOR EVENTO DE AUTOMAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL E ANUNCIA NOVIDADE NO SETOR | Petronotícias




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ISA VAI PROMOVER MAIOR EVENTO DE AUTOMAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL E ANUNCIA NOVIDADE NO SETOR

Há 16 anos acontecia pela primeira vez em São Paulo o primeiro Brazil Automation, congresso do setor de automação organizado pela International Society of Automation (ISA), que deu origem a feira anual do setor no Brasil, hoje a maior na América do Sul. Realizada este ano no pavilhão branco do Expo Center Norte, a Brazil Automation deve contar este ano com cerca de 90 palestras, onde serão apresentados trabalhos aprovados pela comissão do evento, além de uma mesa redonda entre importantes figuras do setor, que deverá discutir o futuro apagão de mão de obra esperado no futuro próximo. Já para a feira, estão confirmados 120 expositores, que devem ter a visita de 15 mil profissionais da área de automação durante os três dias do evento, marcado para os dias 6, 7 e 8 de novembro. Para saber mais sobre o evento e também sobre o trabalho da ISA, o repórter André Dutra conversou com o presidente da ISA na América do Sul, Jorge Ramos.

Quais as expectativas da ISA para a feira?

As melhores possíveis. É um evento que se supera a cada ano, e para esta edição estamos esperando um público de cerca de 15 mil profissionais da área durante os três dias de evento. Durante o congresso, que acontece paralelamente à feira, nós iremos promover aproximadamente 90 palestras sobre temas relacionados diretamente ou indiretamente à automação, além de 9 minicursos. Já na feira propriamente dita, teremos 120 expositores.

Qual a atuação da ISA no mercado de automação?

Ao contrário de associações de empresas de diferentes indústrias como a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), nós somos uma sociedade que tem como membros milhares de profissionais do setor de automação ao redor do mundo. Nós fornecemos mais de 40 tipos de treinamentos específicos para o setor, que é muito restrito, e também editamos uma revista voltada para a automação que tem dez edições anuais, em que trazemos entrevistas e reportagens com temas e pessoas relevantes além de artigos relacionados ao setor. Além disso, somos fornecedores de padrões internacionais de automação.

A ISA está trazendo alguma novidade para o setor no Brasil?

Com certeza. Uma das novidades que vale destacar, e que pessoalmente é a principal conquista da minha gestão como presidente da ISA na América do Sul, é que estamos em fase final de tradução do material necessário para a implementação de uma certificação internacional em automação.

E como foi o processo de trazer esta certificação ao Brasil?

É um desejo da ISA há tempos, que já foi tentada pelo Prominp, sem sucesso, e agora foi trazida diretamente pela ISA. A certificação, cujo nome é Certificado de Profissional em Automação (CAP, sigla em inglês), é de tradução muito difícil devido ao inglês muito técnico que contém. É um exame de padrões internacionais, feito sob supervisão de órgãos responsáveis.

Você acredita que a vinda do CAP para o Brasil irá aquecer o mercado de automação em termos de mão de obra?

Com certeza. É isso que esperamos deste projeto, que estimule não só a formação de novos profissionais do setor de automação, mas também cause a volta ao setor de automação de engenheiros que, pela restrição do mercado, hoje atuam em diversas outras áreas. Como o profissional de automação necessariamente tem que ter muita experiência, por se tratar de um setor que requer conhecimento sobre diversas áreas da engenharia, é normal que o mercado seja restrito, e o CAP vem para ajudar nessa questão.

Como você vê o futuro do mercado de automação no Brasil?

Com bons olhos. O único empecilho num futuro próximo será o apagão de mão-de-obra, que é um assunto a ser discutido para que sejam elaboradas soluções, porque a automação é parte muito importante e em alguns casos vital da indústria. Apesar de representar, na maioria das vezes, menos de 10% da obra, muitas delas não seriam possíveis sem robôs, com os quais hoje seria impensável produzir veículos, ou até mesmo sistemas de saneamento e controle de qualidade, que dependem muito da automação. Enfim, a única questão que não possui resposta concreta é sobre o futuro da mão de obra do setor, que inclusive deverá ser tema de uma mesa redonda durante a Brazil Automation.

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