ISRAEL ESTUDA CONSTRUIR UM GASODUTO VIA CHIPRE E GRÉCIA COM DESTINO À EUROPA
A busca no mar fez de Israel um país autossuficiente na produção de gás, como um exportador para alguns país. O fato de ter gás em excesso constitui um problema, dos 8,5 milhões de habitantes de Israel usam em um ano menos de 1% do gás encontrado em suas águas. A companhia texana Noble Energy, fez sua primeira descoberta de gás em Israel, em 1999, encontrou mais de 850 bilhões de metros cúbicos de gás ao largo da costa do país. Novas descobertas poderão dobrar este volume. Agora, Israel está reduzindo gradativamente o diesel e a eletricidade produzida por usinas movidas a carvão.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já estuda proibir a importação de automóveis a gasolina e diesel a partir de 2030. Ao mesmo tempo, o país intensifica as exportações a vizinhos como Jordânia e Egito. Há até mesmo planos para fornecer gás a clientes palestinos na Cisjordânia. Mas estas iniciativas afetarão muito pouco as reservas do país. A mudança para o gás contribuiu para limpar o ar em cidades como Tel Aviv e Haifa. A maior usina a carvão de Israel, em Hadera, será convertida nos próximos três anos, reduzindo o consumo nacional em 30%. As autoridades preveem eliminar uso do carvão dentro de 11 anos.
O governo israelense vê a abundância de eletricidade produzida por usinas movidas a gás encorajará o uso de veículos elétricos, reduzindo a poluição. Quinze caminhões de lixo em Haifa já são movidos a gás natural comprimido. O país importou 59 ônibus deste tipo da China e outros já foram encomendados. Mas como o setor industrial de Israel é pequeno, e a utilização de gás nos domicílios é limitada por causa dos invernos amenos, o país precisa exportar mais para beneficiar-se com a abundância de energia.
Os parlamentares são favoráveis à proposta de construir um gasoduto até a Europa, passando pela Turquia, mas as relações com o presidente Recep Tayyip Erdogan não são nada boas. O projeto mais ambicioso é a construção do mais longo gasoduto do mundo passando por Chipre e Grécia, que tem o apoio da União Europeia, Chipre e Grécia, mas os investidores relutam em gastar os cerca de US$ 6 bilhões que o projeto custaria.
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