IVAN MONTEIRO COPIA PARENTE E ACELERA VENDA DAS REFINARIAS DA PETROBRÁS COM ACORDO DE CONFIDENCIALIDADE
O presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, teve a sua chance de mostrar autonomia e independência, mas parece ter nascido do mesmo barro de Pedro Parente, quando decidiu continuar a política de privatização da companhia, manter a desmontagem do sistema de refino da empresa e acelerar a venda das refinarias brasileiras. Com essa decisão, a possibilidade de comprar uma briga interna com os funcionários da Petrobrás se multiplica como um logaritmo. Nesta segunda-feira (18) empresa divulgou uma nota à imprensa dizendo que “ A Petrobrás, em continuidade aos comunicados divulgados em 27/04/2018 e 23/05/2018 referentes aos processos de parcerias em refino, informa que, atendendo solicitação de interessados nas parcerias em refino, estendeu o prazo para assinatura de acordos de confidencialidade e demais documentos previstos na divulgação da oportunidade para 02/07/2018.” Ou seja, a venda poderá ser feita sem a ciência pública, como deveria ser. Segunda a empresa, “os participantes que já firmaram acordos de confidencialidade até a data de hoje(18), bem como aqueles que firmarão os referidos acordos até 02/07/2018, irão receber as instruções para apresentação de propostas não vinculantes após a data acima definida.” Com a extensão de prazo, além das cinco empresas que já assinaram o acordo até o momento, outras empresas que já manifestaram interesse também poderão participar do processo, ampliando a competitividade.
A única coisa que parece acelerar no governo Temer é a privatização dos principais ativos da Petrobrás. Sob o manto de fazer desinvestimento para pagar dívidas, a empresa vai vendendo empresas estratégicas. A Petrobrás pretende vender 60% de sua participação acionária em cada uma dessas novas sociedades. A subsidiária do Nordeste compreenderá as refinarias Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, bem como os ativos de logística (dutos e terminais) operados pela Transpetro e integrados a essas refinarias: 2 terminais aquaviários (Madre de Deus e Suape) e 3 terminais terrestres (Candeias, Itabuna e Jequié), 2 dutos de suprimento de petróleo, 1 poliduto e 35 dutos de derivados interligando as refinarias às bases e terminais de distribuição.
A subsidiária do Sul compreenderá as refinarias Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, bem como os ativos de logística (dutos e terminais) operados pela Transpetro e integrados a essas refinarias: 4 terminais aquaviários (Paranaguá, São Francisco do Sul, Tramandaí, Niterói) e 3 terminais terrestres (Guaramirim, Itajaí e Biguaçu), 2 dutos de suprimento de petróleo, 2 polidutos e 4 dutos de derivados interligando as refinarias às bases e terminais de distribuição. A companhia justifica as vendas e a formação de parcerias dizendo que fazem parte do reposicionamento estratégico da Petrobrás nos segmentos de refino, transporte e logística em linha com o seu Plano Estratégico e Plano de Negócios e Gestão, que prevê o estabelecimento de parcerias e desinvestimentos como uma das principais iniciativas para mitigação de riscos, agregação de valor, compartilhamento de conhecimentos, fortalecimento da governança corporativa da empresa.
“A desmontagem do sistema de refino da empresa”, que na verdade representa o aumento de concorrência no setor, aliada à queda nos impostos sobre os combustíveis, é a melhor forma de mantermos os preços destes insumos à níveis aceitáveis, sem quebrarmos a cadeia produtiva do setor.
Os setores de energia,saneamento,e demais nens estratégicos devem sim se manter sob o controle do estado,para que na iniciativa privada ocorra somente os investimentos de manutenção visando apenas os lucros,exemplo a Rede Ferroviária, em 20 anos se vê é o sucateamento e nada de investimentos,a exemplo da Vale do Rio Doce, que nunca construiu uma siderurgica,se mantendo apenas uma exportadora de matéria prima,sem produzir nada de valor agregado.
Quem quiser fazer concorrência, basta construir novas refinarias que isso sim seria de interesse nacional. Basta criarem mecanismos de regulação e de incentivos fiscais para tornar esse plano viável. Enquanto isso muitos importadores independentes tem lucrado graças à atual política de preços que resultou na queda de produção das refinarias no Brasil.
Como eu já tinha dito o Ivan Monteiro nada mais é que é mais do mesmo. Todos gostam de investir no Brasil, desde com retorno certo e sem correr risco. Assim se segue uma lógica simples e que só é onerosa para o Brasil e a Petrobras. O estado “grande” investe, via ANP ou a as empresa, a Petrobras, e os outros, os “pequeninos majors” ou “estatais alhures” compram tudo, já sem risco. Assim é fácil este tal de capitalismo seletivo, onde eu arrisco, ganho prêmio e o outro usufrui. Em todas as áreas. E o senhor Roberto Costa diz… Read more »
As vendas das refinarias são apenas meros complementos da entrega global e vergonhosa, com mais desemprego e menos Brasil. Cansa!
Muito bom, vende tudo mesmo.
Melhorar a gestão é a solução.
E tem imbecil que diz que vender tudo significa a melhoria da gestão.
Pois é xará. Assim são os que fazem análises sérias (sic., sic., sic…). E assim se analisa negócios, gestão e saúde financeira no País. Parolam e nada dizem.