MFX EXPÕE SOLUÇÕES NA OFFSHORE EUROPE E SE FIRMA ENTRE MAIORES DO SETOR DE UMBILICAIS
ABERDEEN – Única empresa brasileira a contar com um estande próprio na SPE Offshore Europe 2015, a MFX já está pronta para atender as demandas do mercado estrangeiro. É o que acredita o executivo da empresa baiana, especializada em umbilicais, Iwaldo Miranda. Segundo o executivo, a empresa vem se preparando há bastante tempo para se estabelecer entre as maiores fornecedoras de umbilicais do mundo e a prova de que o caminho certo está sendo seguido foi uma habilitação emitida pela Saudi Aramco. A partir desta habilitação, diversas outras possibilidades se abriram, principalmente no mercado árabe, tanto que a MFX se prepara para participar de uma feira voltada para o setor de óleo e gás em Abu Dhabi, ainda este ano.
Quais as expectativas com a feira?
As perspectivas para a Feira de Aberdeen são ótimas. Nós viemos com reuniões marcadas com empresas inglesas que ainda não estão no mercado brasileiro, como a Premier Oil, por exemplo. Fizemos uma prospecção de quais pessoas eram responsáveis pela área subsea de cada uma das empresas para facilitar nosso trabalho nos dias de feira. Mas hoje eu posso dizer que já estamos muito próximos de uma ordem internacional.
É a primeira vez da MFX na Feira de Aberdeen?
Não, estivemos aqui dois anos atrás, em 2013. Aberdeen é uma feira voltada ao Mar do Norte, muito forte. Para nós brasileiros, a cidade pode ser vista como uma Macaé que deu certo, com uma infraestrutura espetacular. Ao passear pelo centro da cidade, nós já vemos as embarcações, a qualidade e o nível de serviço que existe aqui.
O que uma empresa brasileira deve fazer para exportar?
Para estar habilitado como uma empresa brasileira exportadora, é preciso investimento de médio prazo, que envolve certos tipos de qualificações internacionais. Toda empresa brasileira deve se preparar para isso se deseja vender fora do país, e nós já estamos trabalhando nesse sentido há algum tempo.
Por que a decisão de montar um estande próprio no evento?
É uma aposta da nossa diretoria. Hoje nós somos aprovados pela Saudi Aramco, maior produtor de óleo do mundo, e, depois dessa aprovação, começaram a surgir muitos pedidos de cotações. Tanto que nós estamos nos preparando para uma feira em Abu Dhabi e também montaremos um estande lá. É um polo que concentra as atividades do Qatar, Arábia Saudita, Bahrein e do Golfo Pérsico como um todo.
A MFX já se sente qualificada para fornecer umbilicais para o mercado estrangeiro?
Sim. Nos já contamos com toda qualificação internacional necessária. Dentro do Brasil, nós já trabalhamos com empresas internacionais que exigem esse tipo de certificação, como Saipem, Subsea 7 e Weatherford, por exemplo. Toda nossa documentação já é disponibilizada em inglês, tanto em certificação e qualificação quanto em inspeção de terceira parte. Hoje, nossos umbilicais, tubos e outros produtos já competem com as maiores empresas do segmento em todo o mundo.
O momento ruim do setor de óleo e gás brasileiro afetou a MFX?
Nós continuamos com os nossos negócios, mas de forma mais cuidadosa. E temos continuado com a nossa produção sem grandes mudanças. A nossa expectativa é que vejamos uma melhora no setor já no próximo ano.
Os poços do Mar do Norte maduros ainda atraem?
A tecnologia de umbilicais se mantém a mesma, em campos maduros ou novos. A questão dos campos do Mar do Norte não é tão simples assim, com novos poços sendo perfurados na Noruega, por exemplo. Para nossa felicidade, esses campos são de água profunda, ao contrário do que historicamente é explorado no país, somente em águas rasas. Os equipamentos servem para controle do maquinário subsea, independente da condição do campo. No entanto, quanto mais fundo, mais cabos são necessários. A MFX é uma das seis empresas no mundo capaz de produzir umbilicais de até 10 mil metros sem utilizar emendas. Com certeza nós já estamos no mesmo nível dos maiores concorrentes internacionais.
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