JANOT É APROVADO NO SENADO E CONTINUA NO COMANDO DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA
A Procuradoria-Geral da República continuará sob o comando de Rodrigo Janot (foto), aprovado em votação no Senado após enfrentar uma sabatina de dez horas nesta quarta-feira (26). Colocado frente à frente com senadores investigados por envolvimento na Operação Lava-Jato, Janot recebeu 59 votos favoráveis e 12 contrários na votação no plenário da Casa. Em suas falas, o procurador enfatizou a igualdade de todos perante a lei e demonstrou confiança ao rebater os questionamentos apresentados pelos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, entre os quais se encontrava o senador Fernando Collor (PTB-AL), investigado em inquérito aberto a pedido de Janot. O procurador foi direto também ao negar qualquer acordo com o governo para uma suposta preservação de figuras políticas, deixando claro que não há privilegiados nas investigações atualmente em curso no país.
Embora contasse com oito senadores investigados em inquéritos do Ministério Público Federal, órgão liderado por Janot, a comissão aprovou quase unanimemente a recondução do procurador a seu cargo. Indicado pela presidente Dilma Rousseff, ele obteve um resultado de 26 votos a 1 no parecer apresentado após a sabatina.
O discurso de Janot foi enfático e confirmou o posicionamento apresentado atualmente pelos órgãos de investigação no Brasil. “Não há futuro viável se condescendermos com a corrupção”, afirmou o procurador, após ser confrontado com acusações por parte do ex-presidente Fernando Collor. A lei vê a todos da mesma forma e as investigações a políticos seguirão seu curso normal, de acordo com a fala de Janot. “Pau que dá em Chico dá em Francisco”, enfatizou.
Com papel central nos desdobramentos da Operação Lava-Jato, Janot foi o responsável por pedir a abertura dos primeiros inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar políticos delatados por envolvimento no cartel de empreiteiras da estatal, a partir de uma série de depoimentos prestados por executivos e operadores presos que vem colaborando com as investigações.
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