JAPÃO DÁ LUZ VERDE PARA UMA USINA NUCLEAR DE 40 ANOS TER SUA VIDA ÚTIL PROLONGADA
A Autoridade de Regulação Nuclear do Japão deu luz verde para aumentar a vida útil da central nuclear de Tokai Daini, situada a 130 quilômetros de Tóquio. É o primeiro passo para a reativação de uma central nuclear com quase 40 anos afetada pelo terramoto e o tsunami de 2011 que desencadeou a crise nuclear de Fukushima. Aa prefeitura de Ibaraki, onde está instalada a usina, ainda terá de passar as próximas duas avaliações do e obter as autorizações necessárias das autoridades locais. Para lembrar, em 11 de março de 2011, um terramoto de magnitude 9 na escala Ritcher e o posterior ‘tsunami’ arrasaram a região de Tohoku e causaram também na central de Fukushima Daiichi o pior acidente nuclear desde Chernobil (Ucrânia), em 1986. A central de Tokai Daini sofreu um apagão automático de emergência depois do tsunami.
Dois dos três geradores de energia de emergência da central de Tokai Daini mantiveram-se operacionais e permitiram o arrefecimento do reator nos dias a seguir ao desastre. A central, que foi desativada depois do acidente. O órgão regulador nuclear japonês reforçou as regras e procedimentos de segurança, que em princípio proíbem o funcionamento de reatores com mais de 40 anos. Entre as medidas apresentadas pela proprietária da central, a Japan Atomic Power, encontra-se o reforço das fontes de energia e a construção de diques costeiros, de modo a prevenir possíveis tsunamis com ondas de até 17 metros. A central recebeu hoje(5) a primeira autorização, mas terá ainda de obter as aprovações seguintes nas duas avaliações que serão realizadas em novembro, quando a central completar 40 anos.
Outra notícia vinda do Japão são os planos do governo que pela primeira vez falou em reduzir a quantidade de combustível nuclear no país. A ideia está registrada no Novo Plano de Energia publicado pelo governo. O ministro da Economia, Comércio e Indústria, Hiroshige Seko, disse que há planos de reduzir a quantidade de plutônio produzida pelo país. Com a redução o Japão pretende contribuir com a comunidade internacional na luta pela não-proliferação nuclear. O governo estuda medidas para a redução da produção, que poderá ser compensada pelo surgimento de novas fontes renováveis de energia. A usina de Takahama, administrada pela Companhia Elétrica de Kansai, e a usina de Genkai, da Companhia Elétrica de Kyushu, podem ser as primeiras a reduzir a sua produção.
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