JAPÃO RETOMA PROGRAMA NUCLEAR E DEVE INICIAR EXPLORAÇÃO COMERCIAL DE USINAS EM SETEMBRO
Paralisado desde a tragédia ocorrida há quatro anos em Fukushima, o programa nuclear japonês voltou a entrar em atividade nesta semana. O governo reativou um reator da usina de Sendai, que começa a operar em plena capacidade nesta terça-feira (11) e levanta novos debates acerca da matriz energética do país. A retomada das operações das centrais nucleares traz grandes expectativas para as empresas de energia e para o governo, que vinha importando combustíveis fósseis para suprir a demanda, mas enfrenta oposição da opinião pública. A expectativa estabelecida pelo Japão é de que as usinas sejam responsáveis por 22% da energia elétrica no país até 2030.
O reator que entrou em operação nesta semana fica localizado a 1000 km de Tóquio e tem 31 anos de idade. A retomada das operações, empurradas principalmente por um viés econômico, deve iniciar a exploração comercial da energia produzida já no início de setembro, segundo a empresa operadora Kyushu Electric Power. Em plena atividade, o reator da usina de Sendai começará a gerar energia elétrica nesta sexta-feira (14).
A reativação do programa nuclear japonês é alvo de forte oposição da população, que tem protestado contra o início das operações na usina. Os desdobramentos do acidente nuclear de Fukushima ainda pairam sobre o Japão, que lida com problemas sociais e ambientais advindos do vazamento de material radioativo. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe (foto), no entanto, vem enfatizando o aumento da segurança nas instalações nucleares, que passaram por novas inspeções e trazem novas medidas de precaução.
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