JLT PROMOVE DEBATE SOBRE A RETOMADA DOS INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO QUE ESTÁ REACENDENDO O MERCADO
O mercado do petróleo dá sinais que esteja saindo da UTI após os anos de incertezas na economia brasileira. Ainda não foi para o quarto, mas a indústria de óleo e gás no Brasil mostra sinais de recuperação. Durante o Seminário sobre óleo e gás realizado esta semana no Rio de Janeiro, os debatedores foram unânimes em afirmar que o recente anúncio do lucro de R$ 6,9 bilhões da Petrobrás, a arrecadação recorde na 15ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o grande número de inscritos para a participação da 4ª Rodada do pré-sal, marcada para junho, são exemplos de que as empresas voltaram seus interesses para investimentos no país. Mesmo sem considerar que a Petrobrás está surfando num mercado em que o barril de petróleo está na casa dos US$ 80, que a empresa está vendendo ativos estratégicos, que repassa aumentos diários para o consumidor e que ainda não está efetivamente investindo, o clima parece estar mudando.
A retomada do crescimento da indústria de óleo e gás foi um dos temas discutidos no evento, que reuniu autoridades, empresas do setor de óleo e gás e mercado segurador. A promoção do evento foi da JLT – Jardine Lloyd Thompson – companhia inglesa integrante do Grupo Jardine Matheson – é uma das maiores empresas especializadas em gestão de riscos, corretagem de seguros e resseguros e consultoria em benefícios em todo o mundo. O advogado Tiago Macedo, Senior Council da Mayer Brown e Tauil e Chequer Advogados, acredita que as mudanças legislativas, políticas e regulatórias elevaram a atratividade dos investimentos. “O próximo governo não pode interromper esse crescimento. O que foi feito em tão pouco tempo teve um impacto enorme e é necessário manter a interlocução com a indústria, pois ainda há muito o que evoluir”.
Adriano Bastos, presidente da BP Energia, e Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da FIRJAN, também falaram sobre este tema: “O que foi feito em 18 meses não conseguiram fazer em 20 anos e isso permitiu a retomada da nossa indústria. Precisamos fazer mais, como abrir portas para o crescimento dos produtores independentes”. Karine está na expectativa de mais crescimento do mercado: “Estamos com expectativa elevada diante do cenário atual. É necessário consolidar essas mudanças para ir além”.
O mercado de resseguros também comemora. Elias Junior, Diretor de óleo e gás da Austral RE: “O mercado segurador vê com bons olhos essa retomada. Este é um segmento muito importante e poucas empresas têm interesse nessa atividade, já que envolve risco de grande complexidade. O aumento dos investimentos estimula nosso setor”.
O desafio do licenciamento ambiental foi o tema de um segundo painel e reuniu representantes de diversos atores do processo. Eles acreditam que é necessário aprimoramento em todas as áreas – Ibama, ANP, empresas – para que as mudanças aconteçam e tragam as melhoras esperadas. Marcelo Mafra, gerente executivo de segurança operacional e meio ambiente da ANP disse que “Se o mercado muda, a legislação tem que acompanhar. Hoje o mercado possui um mix de operadores e é necessário integrar todos os steakholders para podermos aprimorar o processo de licenciamento ambiental diante desse novo cenário”..
Tomas Bredariol, analista ambiental do Ibama, revelou que o tempo do licenciamento depende de muitas partes, citando como exemplo, as áreas na Foz do Amazonas, arrematadas em 2013 e ainda sem perspectiva para o início da exploração. “Da parte técnica, existem questões ainda não resolvidas e que são muito relevantes, como as condições fronteiriças, por exemplo”. Para Adriano Oka, Vice-Presidente da JLT, o grande número de participantes da nona edição do Seminário de O&G demonstra que há um amplo espaço para debater melhorias que levem ao crescimento da indústria. “Há nove anos consecutivos nós promovemos esse encontro no intuito de fomentar uma discussão sobre como podemos aprimorar a indústria e oferecer novas soluções.”
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