JOSÉ CARLOS COSENZA APRESENTA ATESTADO MÉDICO E ADIA DEPOIMENTO NA CPI DA PETROBRÁS
Convocado para prestar depoimento na CPI mista da Petrobrás nesta quarta-feira (22), às 14h30, o diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza (foto), apresentou um atestado médico e não comparecerá à sessão. O documento diz que o diretor apresenta intercorrências clínicas que determinam o seu afastamento das atividades por dois dias, a fim de avaliar a resposta da medicação prescrita. Cosenza sucedeu Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento e foi apontado pelo próprio Costa como seu “principal gerente” na época em que comandava a área. Coincidência ou não, a ausência do executivo se dá a poucos dias das eleições. Ainda que os parlamentares quisessem remarcar a audiência para antes do pleito, não seria possível, porque Cosenza terá que ficar dois dias sem trabalhar, exatamente os últimos dias em que o Congresso funcionará antes da votação.
Mesmo assim, ele se colocou à disposição para a remarcação do depoimento. “Devido à intercorrência clínica havida no início da noite de ontem, e que demandou medicação de urgência e observação, está impossibilitado de comparecer hoje, dia 22 de outubro de 2014, para prestar depoimento junto à CPMI, bem como deverá ele ainda permanecer afastado de suas atividades por dois dias. Por fim, destacamos que o Diretor Cosenza se coloca à disposição para remarcação do seu depoimento”, informou o gerente setorial de Relacionamento com o Poder Legislativo da Petrobrás, Carlos Henrique Lopes Sampaio, em ofício enviado ao colegiado.
Mesmo sem a presença do diretor, a reunião da CPI mista está mantida para as 14h30, para que os integrantes possam analisar parte dos 460 requerimentos que ainda aguardam deliberação. A oposição deverá pedir a convocação do tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, e do ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, apontados por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef como participantes do esquema de pagamento de propina a partidos governistas. Para que os pedidos sejam analisados, será necessária a presença de, no mínimo, 17 dos 32 parlamentares que compõe a comissão. Devido ao período eleitoral, a CPI tem tido dificuldade de reunir o quórum mínimo.
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