JUIZ AMERICANO CONTRARIA TRUMP E ALEGA MUDANÇAS CLIMÁTICAS PARA BARRAR EXPLORAÇÃO DE ÓLEO E GÁS NO WYOMING
O juiz federal Distrito de Columbia, Rudolph Contretas, decidiu nesta bloquear uma proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para liberar a produção de gás e petróleo, alegando que a medida viola a lei ao não considerar o impacto ambiental. O juiz determinou a paralisação das atividades de perfuração em cerca de 1,2 mil quilômetros quadrados licitados no estado de Wyoming, no oeste do país, enquanto são realizados estudos ambientais complementares. Ele considerou que o escritório de Gestão de Terras (BLM) do Departamento do Interior não levou em consideração a mudança climática ao licitar terras que pertenciam ao governo federal no Wyoming para a exploração de petróleo e gás: “Dada a natureza nacional e acumulativa da mudança climática, considerar cada projeto de perfuração individual de maneira isolada tira da agência e do público o contexto necessário para avaliar a exploração de petróleo e gás em terras federais antes de se comprometer irremediavelmente com isso”.
O Departamento do Interior disse que esta análise é especulativa demais e que tinha proposto avaliações posteriores sobre os lugares específicos. A ação contra o governo foi apresentada pelos grupos ambientais WildEarth Guardians e Physicians for Social Responsibility. É a primeira vez que o governo de Trump vê seus planos de desregulação e expansão da indústria energética nacional serem bloqueados na Justiça por questões de mudança climática. Desde sua chegada à Casa Branca em janeiro de 2017, Trump tem reiterado a importância de aumentar a produção nacional de energia, tanto de petróleo como de gás. Para isso, revogou algumas regulações aplicadas pelo seu antecessor, Barack Obama, para a proteção de determinadas áreas naturais e para a conservação o meio ambiente. O presidente americano negou a existência da mudança climática em repetidas ocasiões e garante que não perceber os efeitos que os relatórios científicos apresentaram sobre este fenômeno, assim como alguns professores brasileiros a USP, que concordam com o ponto de vista do presidente americano.
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