JUSTIÇA APROVA RECUPERAÇÃO DA BIOÓLEO, JOINT VENTURE COM PARTICIPAÇÃO DA PETROBRÁS
Os biocombustíveis parecem estar cada vez mais longe dos planos da Petrobrás. A Justiça deferiu o pedido de recuperação judicial da BioÓleo, uma joint venture formada entre a 2H Participações e a Petrobrás Biocombustível, que vinha lutando contra uma dívida somada em R$ 44 milhões, dividida entre bancos (85%) e fornecedores (15%).
A empresa foi fundada em 2007 e teve 50% de seu capital comprado pela Petrobrás em 2010, com o objetivo de torná-la a principal fornecedora de óleo vegetal refinado para uma fábrica da estatal em Candeias (BA), o que teria exigido fortes investimentos iniciais para aumentar a produção, hoje com uma capacidade estimada em 74 mil toneladas anuais.
No entanto, segundo a consultoria EXM Partners, responsável pelo plano de recuperação judicial da BioÓleo, a queda da safra da mamona levou a uma queda na produção para aproximadamente 10 mil toneladas de óleo por ano.
Com uma área industrial de cerca de 210.000m², a empresa fica sediada em Feira de Santana (BA) e tem filiais em Irecê (BA), Jaíba (MG) e São Caetano do Sul (SP). Nas contas da EXM Partners, todas as operações da BioÓleo geram atualmente mais de 50.000 empregos diretos e indiretos.
Agora, a consultoria pretende desenvolver e apresentar o plano de recuperação judicial num prazo de 60 dias e, posteriormente, realizar a negociação com os credores.
Um dos problemas no caminho da recuperação é a postura da Petrobrás, que na gestão de Pedro Parente tem virado as costas para o biocombustível e tem entre seus planos se desfazer dos ativos no setor, sem previsão de aportar capital para regenerar a empresa.
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