JUSTIÇA AUTORIZA A ENEVA A RETOMAR AS OBRAS NO CAMPO DE AZULÃO NA BACIA DO AMAZONAS
Depois de 14 dias de suspensão por determinação da Justiça do trabalho, em função de precauções com a Covid 19, a Eneva recebeu autorização do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região para retomar as obras essenciais no Campo de Azulão, localizado entre os municípios de Silves e Itapiranga (a 203 e 225 quilômetros de Manaus, respectivamente). Uma ação da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), do Ministério Público do Estado (MPE-AM) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) considerou que houve “expansão do número de casos de Coronavírus dentro da empresa de forma descontrolada“. Na nova decisão, a Desembargadora Solange Maria Santiago Morais concluiu que é possível a retomada das atividades da empresa, como já acontece em outros segmentos da economia no Estado do Amazonas.
A empresa, por determinação da Justiça, obrigatoriamente terá que observadar medidas de proteção a saúde dos trabalhadores e sejam atendidos os requisitos das autoridades de saúde. A decisão aponta que a empresa deverá continuar adotando, entre outras, medidas como higienização e descontaminação do Campo de Azulão, inclusive espaços internos e externos da unidade, para prosseguimento das suas atividades essenciais. A Eneva já realizou a testagem para Covid-19 em todos os trabalhadores do Campo de Azulão, independentemente de apresentarem sintomas.
Para lembrar, o Campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, foi descoberto há 20 anos. A Eneva obteve a concessão de exploração e irá produzir gás natural, liquefazer, e transportar em formato GNL (gás natural liquefeito), via caminhões, para Boa Vista (RR). Lá, o gás passará pelo terminal de regaseificação e será entregue para a usina termelétrica (UTE) Jaguatirica II, de 117 MW de capacidade instalada, para atendimento ao sistema isolado de Roraima. O Amazonas será o primeiro estado a liquefazer gás natural em terra do Brasil. O que ocorre no Campo de Azulão poderá ser replicado para o abastecimento de outras localidades no interior do estado, abrindo espaço para a substituição de diesel por gás natural.
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