JUSTIÇA BLOQUEIA R$ 263 MILHÕES DAS CONTAS DA BR DISTRIBUIDORA DEPOIS DA OPERAÇÃO QUE INVESTIGA CARTEL DAS DISTRIBUIDORAS
A investigação sobre o cartel de empresas distribuidoras de combustível resultou num bloqueio nas contas da BR Distribuidora, controlada pela Petrobrás. A Justiça do Distrito Federal mandou bloquear R$ 263 milhões. É uma medida preventiva para eventual ressarcimento dos prejuízos causados por supostos crimes apurados no âmbito da Operação Dubai, que investiga organização criminosa dedicada à formação de cartel no mercado de revenda de combustíveis no Distrito Federal. Foram denunciadas ontem (31) 28 pessoas, dentre as quais um empregado e dois ex-funcionários da companhia. Em um comunicado, a BR disse que não é ré no processo criminal e que está adotando todas as medidas legais disponíveis para a liberação dos valores bloqueados e que “pauta suas atuações pelas melhores práticas comerciais, concorrenciais, a ética e o respeito ao consumidor e que exige o mesmo comportamento de seus parceiros.”
Foram presos temporariamente três assessores comerciais da Petrobrás Distribuidora, um gerente comercial, um assessor da Ipiranga Produtos de Petróleo e um gerente e dois assessores comerciais da Raízen, que opera com a bandeira Shell. A Raízen diz que acompanha o caso e que está à disposição das autoridades para esclarecimentos. ” Os preços nos postos de combustíveis são definidos exclusivamente pelo revendedor, e a Raízen não tem qualquer ingerência sobre isso”, disse a empresa, em nota. A Ipiranga também negou exercer qualquer influência sobre o preço cobrado nas bombas, e disse que as medidas cabíveis serão tomadas assim que tiver acesso ao inquérito. “A empresa ressalta que não incentiva práticas ilegais, não compactua com atividades que violem o seu Programa de Compliance e preza pela transparência e ética em todas as suas ações e relações.”
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