JUSTIÇA CONDENA EX-PRESIDENTE DA ELETRONUCLEAR A 43 ANOS DE PRISÃO
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro foi ainda mais duro do que o seu colega Sergio Moro em sua decisão e condenou a 43 anos de prisão o Almirante Othon Luiz Pinheiro, ex-presidente da Eletronuclear por crimes cometidos durante as obras da Usina Nuclear Angra 3. É a maior condenação individual desde o início da Operação Lava Jato. Outras 12 pessoas também foram condenadas no processo.
O almirante vai cumprir pena por corrupção, lavagem de dinheiro, embaraço às investigações, evasão de divisas e organização criminosa. Segundo as investigações, Othon Luiz Pinheiro cobrou propina em contratos com as empreiteiras Engevix e Andrade Gutierrez. O caso é um desdobramento da Operação Lava Jato.
A filha de Othon, Ana Cristina da Silva Toniolo, também foi condenada. Ela recebeu pena de 14 anos e 10 meses de prisão. O ex-presidente da Construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, também foi condenado, mas teve redução na pena por causa do acordo de delação premiada feita com o Juiz Sergio Moro, do Paraná. Com isso, vai cumprir 7 anos e 4 meses de detenção; José Antunes Sobrinho, um dos sócios da Engevix, pegou 21 anos e 10 meses.
A Justiça Federal do Rio aceitou na sexta-feira (29)a denúncia do Ministério Público Federal contra 15 pessoas investigadas na Operação Pipryat. Eles foram acusados de envolvimento em uma organização criminosa que comandava as licitações para construção de Angra 3. Foi a primeira denúncia da força-tarefa Lava Jato no Rio de Janeiro. A investigação sobre fraudes na construção da usina começou no Paraná, na 16ª fase da Lava Jato, mas em 29 de outubro o Supremo Tribunal decidiu que o processo contra o ex-presidente da Eletronuclear, deveria ser remetido à Justiça Federal do Rio. viraram réus os cinco ex-dirigentes da Eletronuclear, Luiz Antônio de Amorim Soares, Luiz Manuel Amaral Messias, José Eduardo Brayner Costa Mattos, Edno Negrini e Pérsio José Gomes Jordani.
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