JUSTIÇA DECIDE QUE TERMELÉTRICA EM MANAUS VAI FUNCIONAR MESMO COM DÍVIDA DA ELETROBRÁS COM A PETROBRÁS

Na queda de braços entre a Petrobrás e a Eletrobrás pela operação de uma grande termelétrica em Manaus, venceu a cidade.  Manaus recebeu muito bem a decisão da justiça que determinou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica autorizar a partir desta terça-feira (19)  a Amazonas Geração e Transmissão acionar a primeira turbina da termelétrica Mauá 3 de forma temporária. A autorização vale para o período entre  19 de a 31 de dezembro de 2018. A mão de ferro da justiça veio depois da Petrobrás se recusar a fornecer combustível para a usina devido à inadimplência da empresa em outros compromissos. A usina no Amazonas, que somará 591 megawatts em capacidade, tem como objetivo substituir a geração mais cara e poluente de termelétricas a óleo na região.

Anteriormente, a Eletrobrás já havia recorrido à Justiça, também com sucesso, para garantir o gás necessário ao menos à realização dos testes do empreendimento. Orçada em R$ 1,7 bilhão, a termelétrica Mauá 3 foi autorizada a iniciar testes ainda em maio, mas desde então Eletrobrás e Petrobrás vinham negociando o fornecimento de gás para a operação comercial, sem chegar a um acordo. A Petrobrás é credora e também tem razão de cobrar e receber. Se não cumprir a determinação a petroleira terá que pagar uma multa estabelecida de R$ 500 mil pelo seu descumprimento.  As dívidas entre subsidiárias da Eletrobrás e a Petrobrás Distribuidora pelo fornecimento de combustíveis têm sido uma dor de cabeça constante para as companhias nos últimos anos. A Petrobrás está cobrando R$ 10,4 bilhões em contas a receber de empresas do Grupo Eletrobrás.