JUSTIÇA DETERMINA MULTA DE R$ 50 MIL POR CADA PETROLEIRO BARRADO NA REPLAN

Uma nova liminar concedida pela Justiça nesta quinta-feira (5) pode dificultar os atos de greve promovidos pelos funcionários da Replan. A 2ª Vara do Trabalho de Paulínia (SP) determinou que o sindicato dos petroleiros deverá pagar uma multa de R$ 50 mil para cada funcionário que for impedido de entrar nas instalações devido a piquetes promovidos pelos grevistas. A decisão judicial aponta também que a estatal deverá liberar os funcionários retidos após o término do turno. Há casos de profissionais que estão nas instalações há mais de 30 horas.

Frente à nova liminar, os petroleiros devem interromper os atos que vinham barrando a entrada de funcionários contrários à greve. De acordo com o coordenador do Sindipetro, Itamar Sanches, o foco do movimento passará a ser a retirada dos trabalhadores retidos pela estatal. “O problema maior é até quando a empresa vai bancar essa atitude irresponsável”, aponta o sindicalista.

Segundo Sanches, o pedido pela liminar foi apresentado pelo gerente-geral da Replan, Cláudio Pimentel, contendo boletins de ocorrência emitidos pela polícia. Embora o sindicato acate a decisão judicial, o movimento pela paralisação continua forte na refinaria. Organizado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), os atos de paralisação vão contra o novo plano de negócios da companhia e exigem maiores condições de segurança no trabalho.

Após aderir à greve no o início desta semana, a refinaria já tem quase todo o seu corpo de funcionários paralisado. De acordo com Sanches, 100% dos petroleiros aderiram ao movimento, junto a 90% de representantes da área administrativa da unidade. No total, são 900 funcionários paralisados na unidade.