JUSTIÇA ENCONTRA FORTUNA DE ZELADA NO EXTERIOR E PRENDE EX-DIRETOR DA PETROBRÁS

O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Jorge Zelada (foto) seguirá ainda nesta quinta-feira (2) para a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Preso na parte da manhã durante a 15ª fase da Operação Lava Jato, o executivo fez transferências bancárias para a China e para Mônaco, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF) e a PF. Para o Principado foram enviados € 11 milhões e US$ 1 milhão seguiu para a Ásia.

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelas investigações, afirmou que a manutenção de contas secretas no exterior com saldos milionários é a “prova mais contundente” de corrupção dentro da estatal. Os valores que o ex-diretor mantinha fora do país nunca foram declarados oficialmente, de acordo com relatório da Receita Federal.

O despacho emitido por Moro aponta transferência de dinheiro da Suíça para Mônaco em julho e agosto do ano passado, após deflagração da Operação Lava Jato, iniciada em março. Para o juiz, tais movimentações demonstram uma tentativa de proteger “ativos criminosos” do bloqueio da Justiça.

Zelada vinha escapando à regra, sendo o único executivo da Petrobrás citado em acordos de delação premiada que não estava detido. O ex-diretor foi citado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da companhia, e pelo ex-gerente Pedro Barusco.