KALIBRA QUER EXPANDIR ATUAÇÃO EM TERMINAIS E ESTRADAS NO BRASIL
O aquecimento do mercado de óleo e gás brasileiro fez com que terminais e tanques de armazenamento fossem mais requisitados e a importância de manter o controle sobre seus conteúdos cresceu junto. Ao perceber o crescimento desse segmento no país, a Kalibra Investments, de origem holandesa, veio ao Brasil em busca de novos negócios. O sócio-diretor da empresa no Brasil, Matheus Freitas, contou ao repórter Daniel Fraiha que a empresa é uma das maiores referências do mundo em calibrações, certificações, testes e verificações relacionados a peso, eletricidade, dimensões, entre outras atividades, e quer expandir as atividades no Brasil. Além disso, com os procedimentos e o software trazidos pela empresa, processos que podem levar mais de 45 dias para serem concluídos hoje, poderão passar a ser feitos em uma semana. A empresa também tem um sistema inovador para pesagem de caminhões em movimento e pretende atuar junto às concessionárias de estradas do país.
Como foi a vinda da Kalibra?
Eles já tinham negócios na China, na África do Sul, na Turquia, entre outros países, e começaram a buscar formas de expandir para o Brasil. Sou sócio da Hirsa, que tem uma sinergia nessa área de atuação, fizemos uma parceria entre as empresas e estaremos expondo juntos na feira Rio Oil & Gas 2012, em setembro, no Riocentro. Mas hoje a Kalibra Brasil é uma empresa constituída aqui, em que os brasileiros são sócios majoritários em associação com a Kalibra da Holanda.
Qual é o diferencial da Kalibra?
Ela é uma empresa oriunda do Netherlands Metrological Institute (NMI), que é o equivalente ao Inmetro da Holanda e é um dos mais respeitados do mundo nessa área metrológica. Talvez o mais respeitado. Eles desenvolveram uma divisão há anos atrás que seria o que é hoje a Kalibra, mas se tornou um negócio tão próspero, que o governo resolveu vender para a iniciativa privada. Então criaram a Kalibra e venderam para os próprios funcionários. Ela cresceu e virou uma empresa de referência e sucesso mundial, por ter padrões muito rigorosos de qualidade e trabalhar com as normas internacionais, como: ISOs, ASMEs, etc. Além disso, ela desenvolveu um software metrológico próprio, que agiliza muito o processo de arqueamento de tanques (medição das dimensões exatas e cálculo de alta precisão do conteúdo do tanque).
Como é o software?
Ele computa eletronicamente, sem perda de informação, todos os dados colhidos nas diferentes fases do processo. Então você tem um relatório e um certificado do arqueamento do tanque. O diferencial é o nosso software e a forma com que tratamos esses dados, com a bagagem metrológica que vem essencialmente do NMI. Enquanto que a medição por fita, como é feita regularmente no Brasil hoje, pode levar mais de 45 dias para emissão de um certificado, nós podemos fazer em uma semana. O processo em si dura três dias, mas com a compilação dos dados, a análise e a emissão do certificado, chega a uma semana.
Como vocês fazem a medição?
Usamos o teodolito a laser, que é um equipamento para medir distâncias usando laser, muito utilizado nas áreas de geologia e construção civil. Ele não é novo, mas é apenas uma peça que usamos para fazer o trabalho, já que todo o processo é importante. São tomadas medições do tanque, podendo ser internamente se estiver vazio ou externamente se estiver cheio, e os dados da medição são transferidos para o software. Essa medição é feita entre períodos determinados de tempo, seja por necessidade fiscal ou por dúvidas em relação ao volume do tanque, já que podem surgir deformações nas estruturas com o tempo, e isso pode significar uma diferença expressiva no volume conhecido de produto que vai ser inserido.
Qual é a estratégia de atuação no país?
A empresa foi fundada no início do ano passado e nosso público alvo são os terminais. Além disso, queremos consolidar as parcerias que a Kalibra tem no mundo com grandes empresas, como com a Shell, a Vopak, entre outras. O objetivo é oferecer os serviços para as empresas que têm terminais e tanques. E queremos estar junto ao Inmetro, às universidades e, assim que for possível, nos credenciarmos para fazer esse serviço na área de medição fiscal.
Como seria isso?
Existem dois tipos de calibração ou arqueamento de tanques para medição operacional ou transferência de custódia/fiscal. Qualquer empresa qualificada pode fazer a calibração operacional, basta o dono do tanque contratar. Enquanto que a transferência de custódia ou fiscal tem que ser feita pelo Inmetro. Só que o Inmetro acaba ficando assoberbado já que a demanda é muito grande em todo o país. A Kalibra já pode fazer a parte operacional e está buscando o credenciamento junto ao Inmetro para poder fazer a parte fiscal quando, e se, for autorizado.
Vocês também tem um novo sistema para estradas, não?
A Kalibra tem um serviço que é a calibração dinâmica de sistemas de pesagem e movimento usando um caminhão instrumentado e com pesos conhecidos. No mundo inteiro as estradas são detonadas por excesso de peso em caminhões, já que o pavimento não aguenta a quantidade de peso extra que os caminhões carregam ilegalmente. O que é feito para coibir isso são os postos de pesagem, onde os caminhões que estiverem acima do peso são multados. Só que se todos fossem parados, como deveria ser, haveria engarrafamentos enormes, então muitos acabam passando direto. Nós temos um sistema de pesagem em movimento.
Como funciona?
Um caminhão com alta tecnologia embarcada e peso conhecido por eixo passa sobre os sensores de pesagem instalados na estrada como se fosse um caminhão normal carregado e compara a leitura dos pesos percebidos pelos sensores com a referência do peso conhecido do caminhão. Se for verificada alguma diferença além do permitido entre as informações, o sistema pode ser calibrado. Para a pesagem em movimento, os sensores ficam ligados a uma série de instrumentos tecnológicos inseridos no caminhão da Kalibra, que mandam as informações após a passagem de um caminhão com uma velocidade reduzida. Caso os instrumentos acusem sobrepeso, o veículo é parado e vai para uma balança de alta precisão para confirmar.
Existe muito interesse para esse sistema?
Para concessionárias de estradas é interessante. Uma empresa que precisa manter e reparar milhares de quilômetros, em função dos danos causados pelo sobrepeso dos caminhões, por exemplo, acaba tendo um prejuízo desnecessário. Utilizando sistemas de pesagem em movimento, que sejam verificados periodicamente para garantir sua performance e precisão, a concessionária pode provar para o governo que ele não está fazendo a parte dele na fiscalização das estradas.
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Priscilla Nobrega
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