LEILÃO A-3 É CANCELADO POR FALTA DE DEMANDA, MAS OFERTA DE ENERGIA DE RESERVA É MANTIDA

Quem diria, se há pouco tempo o País estava à beira de um novo período de racionamento, com os baixíssimos níveis dos reservatórios das hidrelétricas no início de 2015, agora está sobrando energia. Ao menos é o que indica o Ministério de Minas e Energia, que decidiu cancelar a realização do leilão de energia nova A-3 que estava previsto para este ano.

O certame seria voltado à contratação de novos projetos de geração para entrega a partir de 2019, mas o secretário de Planejamento e Política Energética do Ministério, Eduardo Azevedo, afirmou em evento em São Paulo que não houve demanda suficiente para isso, como já era esperado internamente.

Apesar da declaração de que já era esperado, o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Maurício Tolmasquim havia confirmado em março deste ano, antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff, que o certame seria realizado este ano, mesmo com baixa demanda.

Agora a direção mudou, junto com as novas indicações de comando dadas pelo governo interino de Michel Temer.

Ainda assim, o 1º leilão de energia de reserva de 2016 foi confirmado pela Aneel, previsto para o dia 23 de setembro, com contratações voltadas a hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

Para isso, a EPE registrou 133 projetos para o leilão, distribuídos por 15 estados, que somam uma potência habilitável superior a 39.917 MW. O preço inicial do produto por quantidade para fonte hidrelétrica é de R$ 248,00/MWh.